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Migrantes no albergue Movimiento Juventud 2000, em Tijuana, México, 11 de novembro. Grupos grandes de migrantes brasileiros e venezuelanos têm chegado à cidade de Tijuana nos últimos dias
Migrantes no albergue Movimiento Juventud 2000, em Tijuana, México, 11 de novembro. Grupos grandes de migrantes brasileiros e venezuelanos têm chegado à cidade de Tijuana nos últimos dias| Foto: EFE/Joebeth Terriquez

Migrantes provenientes de Brasil e Venezuela têm chegado em grandes grupos nos últimos dias a Tijuana, no norte do México, alguns pretendendo se dispersar por outros trechos de fronteira com os Estados Unidos, e outros com o objetivo de ficar no próprio município, vizinho de San Diego, no estado americano da Califórnia.

Apenas nesta quinta-feira, 150 pessoas, entre brasileiros e venezuelanos, foram enviadas por autoridades mexicanas a um albergue, onde permaneceram por cerca de duas horas e então partiram.

Segundo o líder e fundador do albergue, José María García, os diretores do Sistema Nacional para o Desenvolvimento Integral das Famílias (DIF) do estado mexicano da Baixa Califórnia lhe pediram para fazer de suas instalações um ponto de referência para as pessoas em trânsito.

Foi assim que o grupo de migrantes chegou de repente. Mulheres, homens e crianças ficaram no local apenas para conseguir uma refeição e um breve descanso, e então começaram a pedir táxis por conta própria.

"Essas 150 pessoas chegaram e logo saíram em vários táxis que elas mesmas pediram para circular pela cidade, e contaram que iriam se hospedar em alguns hotéis e apartamentos que haviam reservado", afirmou García.

Ele também disse que, na noite de quarta-feira, 45 brasileiros chegaram ao mesmo albergue e se alimentaram, para então partirem para outros locais.

García contou que não conseguiu entendê-los por causa da diferença de idioma, mas, quando conversou com um grupo de venezuelanos, eles lhe disseram que pretendiam ir para as cidades de Tecate e Mexicali, que também ficam na fronteira com os EUA, enquanto outros queriam ficar em Tijuana.

"A comunidade (de migrantes) não quer ficar nos albergues. Eles estão se estabelecendo na cidade (de Tijuana). A razão pela qual estão aqui não sabemos, já que não conseguimos conversar com ninguém", disse ele à Efe.

Há cinco dias, a Guarda Nacional e o Instituto Nacional de Migrações pararam um caminhão de uma transportadora no qual se escondiam 75 migrantes, sendo 58 do Brasil, 16 da Venezuela e um de Portugal.

Os migrantes foram entregues às autoridades e, segundo relatos, estavam a caminho de um albergue em Playas de Tijuana.

A região vivencia uma onda migratória sem precedentes desde o início do ano.

Mais de 1,66 milhão de imigrantes que tentaram atravessar irregularmente a fronteira sul do Estados Unidos foram detidos por agentes americanos entre outubro de 2020 e setembro deste ano, segundo dados divulgados em outubro pelo Serviço de Alfândegas e Proteção das Fronteiras (CBP, na sigla em inglês). Esse é o número de detenções mais alto já registrado na divisa entre EUA e México.

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