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Rebeldes líbios que haviam chegado a 80 quilômetros de Trípoli tiveram de recuar na sexta-feira por causa de uma chuva de foguetes disparados pelas forças do governo de Muamar Kadafi.

O avanço dos rebeldes até os arredores da pequena Bir al Ghanam, há cinco dias, abriu a perspectiva de uma conclusão da guerra civil iniciada há quatro meses, na mais violenta de todas as rebeliões da "Primavera Árabe".

Combatentes rebeldes que se concentraram em um penhasco perto de Bir al Ghanam, preparando-se para um ataque à capital, agora estão recuando sob disparos dos foguetes Grad, de fabricação russa, segundo relato de um fotógrafo da Reuters que está em Bir-Ayyad, 30 quilômetros ao sul.

Segundo ele, os foguetes já estão chegando a Bir-Ayyad, um entroncamento rodoviário nos contrafortes das Montanhas Ocidentais, a partir de onde os rebeldes lançaram sua ofensiva da semana passada.

O rechaço a eles comprova a capacidade de resistência das forças de Kadafi, há 15 semanas submetidas a bombardeios aéreos da Otan e à presença de rebeldes em três frentes de batalha.

A demora e o custo da campanha militar vêm impacientando alguns países da Otan, e há divergências entre os membros da aliança militar a respeito da conveniência de ajudar diretamente os rebeldes - algo que nesta semana a França admitiu ter feito ao lançar de paraquedas armas nas Montanhas Ocidentais.

A França alegou que estava cumprindo o dever de proteger civis, mas a Rússia, país com poder de veto no Conselho de Segurança, acusou Paris de cometer uma "flagrante violação" do embargo armamentista contra a Líbia.

Até mesmo os aliados da França na Otan, Estados Unidos e Grã-Bretanha, se distanciaram da decisão francesa, mas afirmaram acreditar que ela é justificável dentro das regras estabelecidas pela ONU.

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