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Fumaça é vista após lançamento de foguete do Líbano contra Israel, na cidade israelense de Kiryat Shemona, 4 de agosto
Fumaça é vista após lançamento de foguete do Líbano contra Israel, na cidade israelense de Kiryat Shemona, 4 de agosto| Foto: EFE/EPA/ATEF SAFADI

Três foguetes foram lançados do Líbano em direção ao território de Israel, que revidou o ataque com fogo de artilharia, informou o Exército de Israel na tarde desta quarta-feira (4). Os ataques ocorrem em meio ao aumento de tensões na região.

"Três foguetes foram disparados do Líbano contra o norte de Israel. Dois foguetes caíram em território israelense e um caiu dentro do Líbano", afirmaram as Forças de Defesa de Israel (IDF). "Em resposta, nossas forças de artilharia dispararam contra o Líbano".

Alarmes antiaéreos soaram em várias cidades israelenses perto da fronteira com o país árabe.

A imprensa israelense relata que um foguete explodiu em uma área aberta e outro foi interceptado pelo sistema de defesa aérea israelense, o Domo de Ferro. Os disparos provocaram incêndios em matas no território israelense que continuavam sendo combatidos por bombeiros na madrugada de quinta-feira (noite de quarta no Brasil).

Israel intensificou o contra-ataque contra alvos no Líbano no final da noite de quarta. Aviões de combate israelenses atacaram áreas da fronteira norte, de onde partiram os foguetes, além de "estruturas usadas para o terrorismo" e um local que era usado no passado para o disparo de foguete, disse a força aérea.

O IDF afirmou que responsabiliza o país do Líbano pelos ataques com origem em seu território. Autoridades israelenses acreditam que os foguetes foram lançados por grupos palestinos baseados no Líbano, e não pelo grupo militante Hezbollah, relata a Associated Press. No entanto, é improvável que grupos palestinos operem no local sem o consentimento do Hezbollah.

Um ano da explosão em Beirute

O lançamento dos foguetes ocorre em meio à crescente tensão no Oriente Médio e no dia em que o Líbano marca o aniversário de um ano da explosão no porto de Beirute que deixou mais de 200 mortos, 6,5 mil feridos e um grande rastro de destruição. Houve protestos nesta quarta-feira no país, que passa por uma grave crise econômica e um impasse político no governo.

Uma conferência internacional realizada nesta quarta-feira levantou US$ 370 milhões em ajuda humanitária que será entregue ao Líbano nos próximos doze meses para ajudar na reconstrução do país após a explosão, anunciou o presidente da França, Emmanuel Macron. Os recursos serão destinados principalmente para alimentos, escolas, setor de saúde e fornecimento de água.

Participaram da conferência, organizada por França e EUA, 33 governos, além de organizações internacionais e representantes da sociedade do Líbano. A França se comprometeu a doar 100 milhões de euros (US$ 118,6 milhões) e 500 mil doses de vacinas contra Covid-19 nos próximos meses. O governo dos EUA prometeu enviar US$ 100 milhões em ajuda humanitária.

Tensões aumentam no Oriente Médio

A preocupação com uma escalada de tensões no Oriente Médio aumentou nesta semana após incidentes envolvendo navios petroleiros no Golfo de Omã.

Um grupo de oito ou nove homens armados entrou em um navio petroleiro na costa dos Emirados Árabes Unidos, em um incidente descrito pela marinha britânica na terça-feira como "potencial sequestro não relacionado a pirataria". O governo de Omã confirmou nesta quarta-feira que o navio de bandeira do Panamá foi alvo de um sequestro.

O grupo armado deixou o navio nesta quarta, informou a marinha britânica. A identidade dos sequestradores não está esclarecida, embora alguns países, incluindo o Reino Unido, tenham acusado o Irã de ter apoiado a ação, o que o governo iraniano negou.

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