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A bordo de um dos navios interceptados por Israel, estava uma brasileira. A cineasta Iara Lee está presa na cidade de Bersheva, a 80 quilômetros de Jerusalém. Ela deu uma entrevista exclusiva, por telefone, ao correspondente Ari Peixoto, da TV Globo.

Iara está bem, não ficou ferida e está sendo assistida pela embaixada brasileira. Ela contou que os ativistas já esperavam algum tipo de confrontação com as forças militares de Israel, mas que ficaram chocados com o que aconteceu. Ela também falou sobre os momentos de tensão durante a abordagem.

Como aconteceu?

Foi uma coisa surpreendente porque estava no meio da noite, na escuridão, em águas internacionais. A gente sabia que ia haver uma confrontação, mas não nas águas internacionais. Na hora em que eles começaram a invadir, eles mandaram todas as mulheres para a parte de baixo. O máximo que eu presenciei, em primeira mão, foram os tiros que eu ouvi. Eles entraram e começaram a atirar nas pessoas. Foram os tiros. A primeira tática deles foi cortar todas as nossas comunicações por satélite, aí eles atacaram.

Como os soldados agiram?

Eles falaram que nós éramos terroristas, uma coisa absurda. Na parte das mulheres, eles entraram, eram muitos, vestidos de preto com armas gigantescas, como se estivessem em uma guerra. Confiscaram todos os nossos telefones, nossas malas estão ainda no navio, tiraram todo o conteúdo das malas e puseram no chão.

E agora?

Voltarei ao Brasil e voltarei aos Estados Unidos e continuarei as mobilizações, porque a Justiça não será atingida de maneira brusca. Temos que continuar trabalhando.

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