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Conflitos

Forças Armadas entram em alerta por possível invasão russa na Ucrânia

Após a ocupação de mais uma prefeitura do leste por insurgentes pró-Rússia, presidente da Ucrânia afirmou que ameaça de guerra é real

Ativista pró-Rússia com seu cachorro na prefeitura de Donetsk, tomada por insurgentes | Marko Djurica/Reuters
Ativista pró-Rússia com seu cachorro na prefeitura de Donetsk, tomada por insurgentes (Foto: Marko Djurica/Reuters)
Forças de segurança enfrentam manifestantes em Kiev |

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Forças de segurança enfrentam manifestantes em Kiev

As Forças Armadas da Ucrâ­­nia se encontravam ontem em "estado de alerta total" ante uma possível invasão das tropas russas posicionadas na fron­­teira e o avanço dos insurgentes pró-Moscou no leste do país.

A prefeitura da cidade de Gorlivka foi ocupada por militantes pró-Rússia, mas os rebeldes não interrompe­­ram o trabalho da adminis­­tração. "Nossas Forças Armadas se encontram em estado de alerta total. A ameaça da Rússia de começar uma guerra contra o território da Ucrânia é real", disse o presidente ucraniano interino Oleksander Turchinov.

Ele já havia anunciado há várias semanas que as forças de defesa estavam em alerta, mas não foram registrados sinais de aumento do dispositivo. A Rússia mobilizou em março 40 mil homens na fronteira com a Ucrânia.

Turchinov disse ainda que a Ucrânia deve impedir que o "terrorismo" ultrapasse as regiões do leste, afetadas há várias semanas por uma insurreição armada pró-Moscou. "Nosso primeiro objetivo é impedir que o terrorismo passe das regiões de Donetsk e de Lugansk para outras regiões", destacou. "Decidimos criar milícias territoriais compostas por voluntários em cada região", acrescentou.

Preocupação

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia expressou preocupação com o que classificou como "declarações militaristas" do governo ucraniano. "Insistimos que Kiev pare imediatamente com a retórica beligerante, que pretende intimidar a sua própria população", afirmou o Ministério das Relações Exteriores.

O Ocidente acredita que o governo russo esteja envolvido nos acontecimentos do leste da Ucrânia, onde separatistas ocuparam mais edifícios públicos na luta para se afastarem do controle do governo de Kiev e, por isso, introduziu novas sanções à Rússia por causa da Ucrânia.

A Rússia nega as alegações ocidentais de fomentar a agitação separatista no leste ucraniano.

Presidente se assume incapaz de solucionar conflitos no leste

O presidente da Ucrânia, Oleksander Turchinov afirmou ontem que as forças de segurança e o exército da Ucrânia estão "impotentes" para acabar com os conflitos na fronteira com a Rússia. Turchinov também disse que, em alguns casos, as tropas ucranianas admitiram cooperar com os insurgentes pró-Rússia que ocuparam dezenas de prefeituras e fizeram vários reféns.

O presidente ressaltou que o objetivo agora é evitar que essa "agitação separatista" se espalhe para outros territórios e regiões. "Vou ser franco: hoje, as forças de segurança são incapazes de tomar o controle rapidamente nas regiões de Donetsk e Lugansk", disse Turchinov em reunião com governadores regionais.

"Os órgãos de segurança também não são capazes de desempenhar suas funções de proteção ao cidadão ucraniano. Eles estão impotentes em todos esses aspectos", completou o presidente interino.

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