Forças de Israel matam 11 palestinos durante ação em Gaza

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Forças israelenses mataram nesta quarta-feira (27) pelo menos 11 palestinos, a maioria homens armados, em sua maior ação na Faixa de Gaza desde que o movimento islâmico Hamas dominou o território duas semanas atrás.

A operação na Cidade de Gaza e na cidade de Khan Younis, no sul do território, parece ter sido um sinal de que Israel pretende manter forte pressão militar sobre o Hamas, junto com seus esforços para isolar -- financeira e politicamente -- o grupo militante.

Moradores das duas zonas de batalha disseram que militantes dispararam granadas impulsionadas por foguetes e detonaram aparatos explosivos em confrontos com a infantaria e blindados de Israel.

Forças israelenses mataram três homens armados perto de Khan Younis e quatro militantes, três civis e um homem não-identificado na Cidade de Gaza, segundo funcionários do serviço médico e moradores, que afirmam haver mais de 45 feridos.

Pelo menos três dos homens armados mortos são do Hamas, que tomou Gaza este mês, depois de expulsar forças leais ao presidente Mahmoud Abbas, líder da facção secular Fatah.

Israel retirou suas forças e colonos da Faixa de Gaza em 2005, mas não cessou os ataques aéreos e outras ações contra grupos militantes, que lançam com frequência foguetes contra o sul do país.

Apesar da tomada do território pelo Hamas, o chamado Quarteto de mediadores do Oriente Médio -- Estados Unidos, União Européia (UE), Rússia e Organização das Nações Unidas (ONU) -- espera retomar o processo de paz através de Abbas, na Cisjordânia ocupada.

Washington espera que as potências ocidentais concordem em nomear Tony Blair como seu enviado ao Oriente Médio logo que ele deixar o cargo de primeiro-ministro da Grã-Bretanha, ainda nesta quarta-feira.

O Quarteto dará a Blair a tarefa de trabalhar com Abbas na construção de instituições necessárias para um futuro Estado.

O Hamas, que chegou ao poder em uma eleição em 2006, rejeita as exigências ocidentais de reconhecer o Estado de Israel, renunciar à violência e aceitar os atuais acordos de paz entre israelenses e palestinos.