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Ministro do turismo egípcio Khaled Rami  conversa com a imprensa em frente ao hospital para onde os turistas feridos foram levados, em Cairo | MOHAMED ABD EL GHANY/REUTERS
Ministro do turismo egípcio Khaled Rami conversa com a imprensa em frente ao hospital para onde os turistas feridos foram levados, em Cairo| Foto: MOHAMED ABD EL GHANY/REUTERS

Um grupo de turistas mexicanos que sobreviveu a um ataque durante um passeio no Egito contou que foi bombardeado do ar por aviões e helicópteros, informou nesta segunda-feira (14) a chanceler do México, Claudia Ruiz Massieu.

Ao menos 12 pessoas morreram, incluindo dois mexicanos, após forças de segurança egípcias dispararem por acidente contra veículos que transportavam os viajantes no deserto no Oeste do país, durante uma operação para combater jihadistas na região. Mas autoridades egípcias afirmaram que oito mexicanos morreram.

“O embaixador Jorge Alvarez entrevistou pessoalmente seis mexicanos internados no hospital, que narraram, separadamente, ter sofrido um ataque aéreo com bombas lançadas de aviões e helicópteros por veículos civis e militares”, disse Claudia.

O Ministério do Interior egípcio indicou que as forças armadas perseguiam terroristas e dispararam por engano contra quatro veículos em que viajavam estrangeiros. Ainda não se sabe o local exato no qual ocorreu o incidente, mas o ataque foi registrado enquanto os turistas se dirigiam do Cairo ao oásis de Bahariya, 350 km a sudoeste da capital.

De acordo com uma fonte do governo que pediu o anonimato, o grupo teria abandonado a estrada durante a viagem para entrar no deserto, uma zona não autorizada a turistas.

Um porta-voz do Ministério do Turismo confirmou à agência de notícias estatal “Mena” que o comboio estava em uma área isolada, com carros sem licença e participando de um um safari não aprovado. O governo egípcio abriu uma investigação para investigar o caso.

Em sua conta no Twitter, o presidente do México, Enrique Peña Nieto, condenou o ataque, descrevendo o incidente como “trágico”, e exigiu uma investigação completa.

“O México condena estes atos contra nossos cidadãos e exige uma investigação exaustiva do que ocorreu”, afirmou.

Luta contra insurgentes

Desde a queda do presidente islâmico Mohamed Mursi em 2013, o Egito tem lutado contra o crescimento de uma insurgência, liderada pela Província do Sinai — um grupo afiliado ao Estado Islâmico, e com base na península de mesmo nome. O grupo, com apoio de jihadistas de diversos países, já matou centenas de soldados e policiais, e recentemente passou a atacar alvos estrangeiros no Egito.

Na manhã de domingo, o Estado Islâmico (EI) lançou um comunicado divulgado por seus apoiadores no Twitter, no qual afirma ter evitado um ataque do Exército egípcio no Oeste. Atos na região são uma nova característica do grupo que até então se concentrava no Sinai, com ações esporádicas no Cairo e em outras cidades.

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