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Membros da Polícia Nacional Bolivariana guardam um hospital infantil durante protesto em Caracas nesta quarta-feira |  FEDERICO PARRA / AFP
Membros da Polícia Nacional Bolivariana guardam um hospital infantil durante protesto em Caracas nesta quarta-feira| Foto:  FEDERICO PARRA / AFP

O repórter fotográfico colombiano Leonardo Muñoz e o seu motorista venezuelano, José Salas, estão desaparecidos desde a manhã desta quarta-feira, quando trabalhavam na cobertura das manifestações em Caracas. O desaparecimento do fotógrafo, que trabalha para a agência de notícias Efe, foi relatado pelo Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa (SNTP) da Venezuela. Muñoz possivelmente foi detido pelas forças de segurança do regime do ditador Nicolás Maduro.

“Permanecemos alertas para a possível detenção de um repórter fotográfico do @EFEnoticias. Colegas relatam que o teriam levado da Plaza Altamira, em Caracas, cerca de 11 horas da manhã. A comunicação não foi possível até essa hora”, afirmou pelo Twitter o SNTP, na noite desta quarta-feira.

Segundo a entidade, a Diretoria Geral de Contra-Inteligência Militar, cuja função é impedir espionagem interna e externa, seria a responsável pelas detenções desse e de outros profissionais da imprensa.

Leia mais: Venezuela tem novos protestos e aumento da perseguição à imprensa estrangeira

A perseguição à imprensa local e estrangeira se intensificou na Venezuela nos últimos dias. O brasileiro Rodrigo Lopes, jornalista do Zero Hora, foi detido pelo regime chavista por duas horas na sexta-feira e depois teve que sair do país.

Na noite desta terça-feira, dois chilenos e dois franceses foram presos e passaram a noite detidos, no mesmo local em que Lopes havia sido preso, uma estação policial em frente ao Palácio de Miraflores, sede do governo venezuelano.

Os chilenos, que trabalham para a Televisão Nacional do Chile, foram liberados na manhã desta quarta. Os franceses, do programa Quotidien, do canal TF1 e o seu produtor venezuelano, Rolando Rodríguez, continuam em detenção.

Junto a eles, dois repórteres venezuelanos foram detidos, Maikel Iriarte da TV Venezuela, e Ana Rodriguez, do VPI, canais digitais que veiculam os atos da oposição.

O chanceler da Venezuela, Jorge Arreazza, afirmou que os jornalistas entraram na Venezuela de forma irregular.

“Alguns jornalistas estrangeiros ingressaram no país de forma irregular sem antes preencherem a respectiva solicitação de permissão de trabalho em nossos consulados. Vários tentaram acessar o Palácio Presidencial sem credenciamento. Como em qualquer país do mundo, os jornalistas não podem se auto atribuir um credenciamento. A mídia e as agências internacionais sabem que, para evitar inconvenientes desnecessários, devem realizar os trâmites indispensáveis nos consulados, antes de sua viagem ao país”, afirmou Arreazza pelo Twitter.

Os venezuelanos foram às ruas nesta quarta-feira para uma manifestação convocada pelo líder oposicionista Juan Guaidó, em que pediram a saída de Nicolás Maduro do poder e eleições democráticas no país. 

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