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Os Estados Unidos e a França reduziram nesta quinta-feira suas diferenças em torno de uma resolução da ONU para encerrar o conflito entre Israel e o Hezbollah. Diplomatas dizem que pode haver um acordo até o fim do dia.

O chanceler Philippe Douste-Blazy afirmou que a França espera um acordo em breve.

- As coisas estão avançando em Nova York hoje (quinta-feira). Espero que eles avancem ainda mais rapidamente nas próximas horas - disse a jornalistas em Paris.

O embaixador dos EUA na ONU, John Bolton, também se mostrou otimista:

- É inteiramente possível que tenhamos uma votação amanhã (sexta-feira). Essa é a nossa aspiração, mas temos de resolver questões agora mesmo.

O texto ainda não foi distribuído aos 15 países do Conselho de Segurança, que normalmente estudam as resoluções durante 24 horas antes de votá-las. O principal obstáculo é o cronograma para a retirada israelense do sul do Líbano.

A França, dando apoio ao Líbano, quer que Israel comece a retirar seus dez mil soldados assim que o Exército libanês e um reforço no atual contingente da ONU forem enviados à região, hoje controlada pela milícia Hezbollah.

Os Estados Unidos, que apóiam a posição israelense, argumentam que Israel deveria manter suas tropas no Líbano até a chegada de uma nova força internacional, mais robusta e armada que a atual, que teria o comando da França.

Fontes em Beirute disseram que o possível consenso levaria a um reforço da Unifil (a atual força da ONU no sul do Líbano) por soldados franceses, antes da chegada da nova tropa internacional. Como parte do acordo, o Hezbollah se retiraria para o norte do rio Litani, a 20 quilômetros da fronteira com Israel.

O embaixador de Israel na ONU, Dan Gillerman, disse que a força multinacional seria constituída sob o mandato da Unifil, mas que "vários países europeus manifestaram seu aval em serem parte desta força" e que ela "será completamente diferente dos capacetes azuis que conhecemos hoje". Israel considera a Unifil ineficaz para conter o Hezbollah.

Como em versões anteriores da proposta de resolução, a que será votada deve prever um embargo de armas para o Líbano, exceto para as Forças Armadas regulares do país e para a ONU.

Dentro de um mês após a aprovação do texto, deve ser votada outra resolução, estabelecendo os termos de um cessar-fogo permanente, inclusive com a libertação de dois soldados israelenses seqüestrados em 12 de julho pelo Hezbollah, o que deu início ao conflito.

Mas, no Líbano, as partes beligerantes parecem querer mais combate. O governo israelense autorizou na quarta-feira a ampliação da ofensiva terrestre, enquanto o Hezbollah prometeu transformar a região em um cemitério de soldados israelenses e aconselhou os árabes de Haifa a deixarem a cidade para não serem atingidos pelos foguetes do grupo xiita lançados contra o norte de Israel.

Mais de mil libaneses e 121 israelenses já morreram no conflito.

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