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Mais de 100 mil pessoas compareceram ao velório de Charlie Kirk em Glendale, no Arizona, EUA. A celebração, que atravessa este domingo e conta com a presença do presidente Donald Trump e do vice-presidente J.D. Vance, tem um forte esquema de segurança. Trump deve discursar até o fim do evento.
Ao deixar a Casa Branca para ir a Glendale, o presidente Trump declarou que esperava "celebrar a vida de um grande homem". No entanto, ressaltou que seria "um dia muito difícil". Trump afirmou que levaria seu carinho à viúva de Kirk, Erika, e que falaria sobre o legado do ativista e sua influência sobre os jovens.
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“Queremos encarar isso como um momento de cura”, disse Trump, antes da viagem para o Arizona. Além do presidente, toda a cúpula do governo estará presente.
Clima no funeral de Kirk
Dezenas de milhares de pessoas formaram longas filas neste domingo nos arredores do State Farm Stadium, no Arizona, para participar do funeral do ativista Charlie Kirk.
Vestidos de vermelho, branco e azul, e com seus "melhores trajes de domingo", como pedia a convocatória, os seguidores do líder da organização Turning Point começaram a chegar ainda de madrugada para dar seu último adeus.
Jake, um jovem de 21 anos e estudante da Universidade Estadual do Arizona, chegou às 4h (hora local), "abalado" pelos momentos de tensão política que o país atravessa.
"Fico muito triste e com muita raiva ao ver no que o mundo se transformou", disse à Agência EFE.
O estudante havia participado de um evento organizado por Kirk no ano anterior na mesma universidade, no contexto da campanha para as eleições presidenciais, e ficou cativado por sua personalidade.
"Foi muito inspirador e interessante, nunca tinha visto tanta gente unida por uma causa", destacou Jake, afirmando que um dos pontos com os quais mais concordava com Kirk era sua visão sobre o aborto.
"Sempre disposto a debater"
Sydney, uma mulher de 56 anos que viajou de Tucson, explicou que foi ao funeral para mostrar seu apoio ao que Kirk representava: uma "voz da razão, sempre calmo e disposto a debater", algo que ela considera raro atualmente.
A mulher também lamentou a crescente polarização no país e confessou que inclusive perdeu amizades por causa disso.
"Às vezes sinto que tenho que esconder o que penso. Entendo a diferença de opiniões, mas estamos em pontos tão diferentes que parece que não há mais senso comum e nem sei como superar isso, e parece que Kirk estava tentando", comentou.
A homenagem, intitulada 'Construindo um Legado: Homenagem a Charlie Kirk', tem a expectativa de reunir mais de 100 mil pessoas.
Por isso, o Departamento de Segurança Interna (DHS) atribuiu ao evento a mais alta classificação de segurança da agência, um nível reservado para eventos de grande magnitude como o Super Bowl, informou a "ABC News".
Assassinato de Kirk
Charlie Kirk, fundador da organização Turning Point USA e aliado próximo do presidente Trump, morreu no dia 10 de setembro após ser baleado no pescoço durante uma palestra em uma universidade no estado de Utah. Kirk, de 31 anos, era atualmente uma das vozes mais conhecidas do movimento conservador norte-americano.
Ao longo da carreira, ganhou destaque por mobilizar jovens em defesa de pautas alinhadas ao movimento conservador e se tornou figura recorrente em conferências e programas de televisão nos EUA.
Kirk foi um dos principais nomes da campanha republicana que culminou na vitória do presidente Donald Trump nas eleições do ano passado. A partir da plataforma Turning Point, promoveu entre os estudantes princípios como a liberdade individual, o livre mercado e um governo limitado, além de defender valores cristãos".
O ataque contra Kirk ocorreu na Utah Valley University (UVU). O influenciador estava no local palestrando durante sua turnê chamada “American Comeback Tour”. A família de Kirk estava presente na palestra onde ele foi alvejado.






