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O presidente dos EUA, Donald Trump, deixou o encontro do G7 mais cedo para ir à Cingapura. Na terça-feira, ele se encontrará com o ditador norte-coreano Kim Jong-un | SAUL LOEBAFP
O presidente dos EUA, Donald Trump, deixou o encontro do G7 mais cedo para ir à Cingapura. Na terça-feira, ele se encontrará com o ditador norte-coreano Kim Jong-un| Foto: SAUL LOEBAFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste sábado (9) ter sugerido que os membros do G7 façam um acordo para criar uma zona comercial "livre de tarifas" entre esses países. A questão comercial entre os EUA e o restante do mundo ganhou holofotes nos últimos meses após o anúncio de tarifas massivas sobre aço e alumínio importados - em 1º de junho, o governo americano impôs tarifa de 25% e 10% sobre aço e alumínio importados da União Europeia, Canadá e México.

Segundo Trump, os membros do G-7 estão comprometidos com uma situação comercial mais justa para os EUA.

Em discurso realizado nesta manhã, o líder americano voltou a dizer que a culpa pelos acordos comerciais "ruins" não é dos atuais governantes de cada país, mas sim de negociações passadas, "que vão desde muito antes do governo Obama".

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Questionado sobre a possibilidade de haver retaliação à barreira comercial, Trump disse que "se eles retaliarem, estarão cometendo um erro". Na quarta-feira (6) a União Europeia anunciou que vai impor tarifas sobre US$ 3,3 bilhões em importações dos EUA, em resposta à barreira.

Autoridades europeias descreveram um encontro muito diferente do que Trump relatou. Eles também explicaram que as políticas protecionistas dos EUA não lhes deram outra escolha senão retaliar com suas próprias tarifas. Trump tentou essencialmente dividir os líderes europeus negociando algumas mudanças com a Alemanha e outras com a França, mas a chanceler Angela Merkel e o presidente Emmanuel Macron pareciam estar unidos com os demais países para confrontar Trump.

O presidente norte-americano também citou as negociações com o Canadá e o México sobre o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta), dizendo que estão "muito perto" de um acordo. "Ou vamos deixar como está, um tratado a três - e mudá-lo substancialmente -, ou vamos fazer dois acordos separados com o Canadá e o México", disse.

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Trump deixou a reunião antes do término para embarcar rumo a Cingapura, onde se encontrará com o líder norte-coreano Kim Jong-un no começo da semana. "O mínimo que faremos é iniciar um diálogo, mas eu quero mais que isso. Saberemos em um minuto se a Coreia do Norte está falando sério sobre paz. Vamos ver o que acontece", afirmou o presidente americano. "Kim Jong-un tem uma oportunidade única de fazer algo grande para seu povo, para sua família e para si mesmo", disse.

Rússia

Manchete de grande parte da imprensa de língua inglesa deste sábado, o apontamento de que a Rússia deveria ser reintegrada ao grupo das principais nações industrializadas foi repetido por Trump. 

"Acho que seria bom ter a Rússia de volta e transformar o G-7 em G-8. Queremos paz no mundo, não fazer jogos", disse. Questionado sobre uma possível reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, Trump apenas citou que não conversa com ele "há algum tempo".

Trump não é o primeiro político a pedir que a Rússia seja reintegrada ao G-7, mas sua posição é uma mudança de rumo em relação ao governo Obama, que condenou a anexação da Crimeia em 2014 e impôs sanções à Rússia como punição. 

"Obama pode dizer tudo o que quer, mas ele permitiu que a Rússia tomasse a Crimeia. Eu poderia ter tido uma resposta muito diferente", disse Trump.

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