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Líderes do grupo dos sete se reuniram em Bruxelas, na Bélgica | Reuters/Kevin Lamarque
Líderes do grupo dos sete se reuniram em Bruxelas, na Bélgica| Foto: Reuters/Kevin Lamarque

O presidente Barack Obama indicou nesta quinta-feira (5), após encontro do G7, em Bruxelas, que o grupo está disposto a aplicar mais sanções à Rússia se o presidente Vladimir Putin não reconhecer o novo governo da Ucrânia nem parar com as "provocações" na fronteira do país.

"Teremos uma chance de ver o que o Sr. Putin vai fazer nas próximas duas, três, quatro semanas, e se ele seguir no mesmo caminho, já indicamos o tipo de ações que estamos preparados a tomar", disse Obama, em coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro britânico, David Cameron.

No comunicado final do encontro, os EUA e os outros membros do G7 (Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Canadá e Japão) disseram estar dispostos a "intensificar as sanções e implementar outras significantes medidas restritivas para impor custos à Rússia, se necessário".

"A Rússia precisa aproveitar essa oportunidade", afirmou Obama. "A Rússia precisa reconhecer que o presidente eleito [Petro] Poroshenko é o líder legitimamente eleito da Ucrânia e trabalhar com o governo de Kiev."

O G7 foi realizado em Bruxelas após o encontro do G8 (com Moscou), que ocorreria durante as Olimpíadas de Inverno em Sochi, na Rússia, foi cancelado.

Em São Petersburgo, Putin respondeu, nesta quinta-feira, com ironia sobre a cúpula dos sete: "Desejo que eles aproveitem [o encontro]".

Putin segue nesta noite para a França, onde vai participar das celebrações o 70º aniversário do desembarque na Normandia, o Dia D. Para evitar um encontro entre os líderes americano e russo nas comemorações, o presidente da França, François Hollande, vai participar de dois jantares nesta quinta, primeiro com Obama, e em seguida, com Putin.

Obama disse nesta quinta, inclusive, que preferia que a França voltasse atrás na venda de dois helicópteros militares Mistral à Rússia, um contrato de US$ 1,6 bilhão. "Demonstrei minha preocupação, e creio que não sou o único, sobre manter contatos no setor de Defesa com a Rússia em um momento em que eles violaram as leis internacionais mais básicas", declarou. O acordo foi firmado em 2011, e o primeiro helicóptero deve ser entregue em outubro.

Diplomatas franceses dizem que Hollande deve forçar a barra para que Putin se encontre com Poroshenko durante as celebrações na França. Segundo as fontes ouvidas pela Reuters, Hollande quer conseguir ao menos um aperto de mãos entre os dois no almoço fechado que será srevido no Chateau de Benouville.

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