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Alan García (canto esq.) empossa os seis novos ministros, em Lima, no Peru | Mariana Bazo / Reuters
Alan García (canto esq.) empossa os seis novos ministros, em Lima, no Peru| Foto: Mariana Bazo / Reuters

O presidente peruano, Alan García, pediu nesta terça-feira (14) ao seu novo primeiro-ministro, Yehude Simon, que defenda o país da crise financeira internacional, em meio à mudança de 6 dos 16 ministros de um gabinete afetado por um escândalo de corrupção.

Simon, um político de esquerda, prestou juramento junto com todos os ministros que foram reconduzidos a seus cargos depois de apresentarem demissão, na semana passada.

O gabinete anterior caiu devido a gravações que mostravam favorecimento a uma empresa norueguesa numa licitação para a exploração de petróleo.

Na cerimônia de posse, García disse que Simon deve "defender nosso país da dramática crise internacional".

Entre os seis novos ministros figuram o titular de Energia e Minas, Pedro Sánchez, funcionário do Banco Mundial que substitui Juan Valdivia, que deixou o cargo por causa do escândalo. A mineração é um setor essencial para a economia peruana.

Os ministros de Economia, Luis Valdivieso; Relações Exteriores, José Antonio García Belaunde; e Comércio e Turismo, Mercedes Aráoz, permanecem nos seus cargos.

A indicação de Simon visa a agradar à oposição de esquerda e dar mais atenção a regiões do país que nos últimos meses organizam protestos para receber mais recursos. Analistas consideraram uma surpresa a ascensão de Simon dentro do governo de García, um ex-nacionalista hoje partidário do livre-mercado.

O novo primeiro-ministro, um veterinário de 61 anos, disse a jornalistas antes da posse que incentivará os investimentos privados e promoverá uma "luta frontal" contra o terrorismo.

Em 1992, Simon foi condenado a 20 anos de prisão por suposta ligação com o grupo MRTA, pena que foi indultada em 2000.

O deputado Carlos Raffo, ligado ao ex-presidente Alberto Fujimori, disse a jornalistas que "um camarada do MRTA não pode ser primeiro-ministro do Peru."

O novo primeiro-ministro realizou várias reuniões com dirigentes partidários, aos quais pediu "que nos ajudem, que nos dêem uma trégua, que os empresários sintam que há necessidade deles, que haja investimentos privados, que eles lucrem, mas precisamos que haja inclusão social", afirmou.

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