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Uma geleira do Ártico soltou um pedaço e provocou uma grande onda responsável por ferir 18 pessoas em um barco de passeio, quase todas turistas britânicos, afirmaram na quinta-feira autoridades da Noruega.

As geleiras costumam desprender pedaços, mas muitas delas estão encolhendo mais rapidamente do que o usual em virtude do aquecimento da Terra, fenômeno atribuído pela maioria dos cientistas às emissões de gases do efeito estufa provocadas pelo homem na queima de combustíveis fósseis.

Quatro pessoas ficaram gravemente feridas no acidente com a geleira Hornbreen, no arquipélago norueguês de Svalbard, e foram levadas pelo ar até um hospital de Tromsoe, ao sul. Os outros receberam tratamento em um hospital local, a maior parte deles com ferimentos leves.

- A geleira cindiu-se e uma onda enorme atingiu a embarcação - afirmou à Reuters Elisabeth Bjoerge Loevold, governadora em exercício de Svalbard. - O barco chacoalhou para frente e para trás, derrubando os passageiros no convés.

- Não acreditamos que qualquer pedaço de gelo tenha chegado ao convés da embarcação, mas não estamos a par de todos os detalhes - disse a governadora. Alguns meios de comunicação noruegueses relataram anteriormente que o barco havia sido atingido por pedaços de gelo vindos da geleira.

A pequena embarcação, chamada Alexey Maryshev, carregava cerca de 50 turistas britânicos e uma tripulação de 20 russos.

Segundo Loevold, 17 dos feridos no acidente, ocorrido na noite de quarta-feira, teriam cidadania britânica. O último ferido seria um dos membros da tripulação russa e havia sofrido ferimentos graves.

As embarcações, em geral, não devem chegar perto das geleiras existentes ao redor de Svalbard, localizado cerca de 1.000 quilômetros do Pólo Norte, quando há desprendimento de pedaços de gelo.

Mas não existem regras claras sobre a distância segura nesses casos.

- O capitão e o líder da expedição serão interrogados pela polícia sobre o incidente - afirmou Loevold.

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