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O general britânico Mike Jackson, que comandou o contingente da Grã-Bretanha no Iraque entre 2003 e 2005, lamentou numa entrevista concedida ao jornal Washington Post a falta de visão estratégica do Pentágono e criticou o ex-secretário americano da Defesa Donald Rumsfeld.

Para Jackson, agora na reserva, Rumsfeld fracassou no planejamento de uma estratégia para depois da invasão de março de 2003.

"Não digo que Rumsfeld seja estúpido, longe disso", declarou Jackson na edição deste sábado do Post. "No entanto, não houve compreesão intelectual da complexidade e da envergadura da campanha que ia ter que ser empreendida", afirmou.

Segundo o jornal, estas críticas da estratégia americana no Iraque são as mais duras já proferidas por um alto representante do exército britânico.

Mike Jackson considera que os Estados Unidos não enviaram tropas suficientes para administrar a situação após a queda de Saddam Hussein, e também criticou a decisão de desmantelar o exército iraquiano para afastar os membros do partido Baath.

"Para o comando do Pentágono, bastava eliminar a cabeça desse regime e colocar uma nova no lugar dela. No entanto, era mais complicado do que isso", explicou Jackson.

Sobre um início de retirada das tropas da força multinacional, o general britânico declarou que Estados Unidos e Reino Unido têm o "dever moral" de não abandonar prematuramente o Iraque.

"Penso que não seria justo ir embora do Iraque antes que as condições o permitam, e sem o acordo do governo iraquiano", explicou.

Entretanto, o general Jackson se disse "otimista" sobre o futuro do Iraque. "A causa das violências entre comunidades religiosas é política, portanto, a solução tem que ser política", sentenciou.

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