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O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (7) o cancelamento de repasses somando aproximadamente US$ 400 milhões para a universidade de Columbia, em Nova York, uma das mais importantes instituições de ensino superior do país.
Em comunicado, a gestão Trump alegou que o bloqueio das verbas, relativas a subsídios e contratos federais, ocorre “devido à contínua inação da instituição diante do assédio persistente a estudantes judeus”.
No ano passado, a Columbia foi palco de grandes protestos contra Israel devido à guerra contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza, inclusive com a ocupação de prédios da instituição.
“Desde 7 de outubro [de 2023, data dos atentados do Hamas em Israel que desencadearam a guerra em Gaza], estudantes judeus enfrentam violência implacável, intimidação e assédio antissemita em seus campi [da Columbia] – apenas para serem ignorados por aqueles que deveriam protegê-los”, disse a secretária de Educação, Linda McMahon, no comunicado.
“As universidades devem cumprir todas as leis federais antidiscriminação se quiserem receber financiamento federal. Há muito tempo, a Columbia abandonou essa obrigação para com os estudantes judeus que estudam em seus campi. Hoje, demonstramos à Columbia e a outras universidades que não toleraremos mais sua terrível inação”, acrescentou.
Na nota, os departamentos de Justiça (DOJ, na sigla em inglês), de Saúde e Serviços Humanos (HHS) e de Educação (ED) e a Administração de Serviços Gerais (GSA) dos Estados Unidos alegaram que no último dia 3 uma força-tarefa do governo notificou a presidência da Columbia sobre uma revisão abrangente dos contratos e subsídios federais da universidade, mas informaram que “o caos e o assédio antissemita continuaram nos campi e nas proximidades nos dias seguintes” e a universidade não teria se manifestado.
A Columbia atualmente detém mais de US$ 5 bilhões em compromissos de subsídios federais, segundo o comunicado, que apontou que novas medidas devem ser anunciadas nos próximos dias.
Em nota publicada pela agência Associated Press, a presidência da Columbia afirmou que tentará reverter o bloqueio das verbas.
“Levamos as obrigações legais da Columbia a sério e entendemos o quão sério é este anúncio, e estamos comprometidos em combater o antissemitismo e garantir a segurança e o bem-estar de nossos alunos, professores e funcionários”, disse a administração da universidade.







