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Estados Unidos

Gestão Trump dá ultimato a Columbia e investiga 50 universidades por políticas DEI

Campus da Universidade de Columbia, em Nova York (Foto: EFE/EPA/SARAH YENESEL)

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O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou um comunicado à Universidade de Columbia, de Nova York, alertando que vai cortar os repasses de recursos federais caso a instituição não tome uma série de medidas.

Segundo reportagem da CNN, a gestão Trump enviou uma carta na quinta-feira (13) à direção da Columbia exigindo que a universidade coloque imediatamente seu Departamento de Estudos do Oriente Médio, Sul da Ásia e África sob “intervenção acadêmica [externa] por um período mínimo de cinco anos”.

O comunicado também exige que a instituição proíba máscaras no campus que sejam destinadas a esconder a identidade do usuário “ou intimidar outras pessoas”, adote uma nova “definição” de antissemitismo e revogue seus atuais processos disciplinares para alunos.

Na carta, a gestão Trump alerta que tais mudanças são “pré-condições” para iniciar “negociações formais sobre o relacionamento financeiro contínuo da Universidade de Columbia com o governo dos Estados Unidos”.

Na sexta-feira passada (7), o governo dos EUA anunciou o cancelamento de repasses somando aproximadamente US$ 400 milhões para a universidade, relativos a subsídios e contratos federais, alegando “contínua inação da instituição diante do assédio persistente a estudantes judeus”.

A Columbia atualmente detém mais de US$ 5 bilhões em compromissos de subsídios federais, segundo a gestão Trump.

Ontem, a universidade anunciou que expulsou ou suspendeu estudantes que ocuparam o Hamilton Hall, um dos prédios da instituição, durante protestos contra Israel em abril de 2024.

A universidade também revogou temporariamente os diplomas de outros estudantes que se formaram desde a manifestação, motivada pela guerra de Israel contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. A Columbia não informou o número total de estudantes punidos.

No fim de semana, agentes de imigração prenderam o ativista palestino Mahmoud Khalil, um dos coordenadores dos protestos contra Israel em Columbia e que era estudante da universidade e se formou em dezembro.

O ativista palestino possui o green card, o visto de residência permanente nos Estados Unidos, mas Trump disse que ele e outros estudantes universitários que participaram de protestos contra Israel serão deportados. O republicano os acusou de serem “simpatizantes do terrorismo”.

Um juiz de Nova York proibiu nesta semana a deportação de Khalil por tempo indeterminado.

Governo investiga universidades por políticas DEI

Nesta sexta-feira (14), o Departamento de Educação da gestão Trump anunciou que mais de 50 universidades americanas estão sendo investigadas por suposta discriminação racial devido aos seus programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI).

Segundo informações da agência Associated Press, o departamento alegou que tais políticas estão excluindo estudantes brancos e asiático-americanos.

“Os estudantes devem ser avaliados de acordo com o mérito e o desempenho, não pré-julgados pela cor da pele”, disse a secretária de Educação, Linda McMahon, em comunicado.

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