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Venezuela

González diz que genro foi sequestrado por Maduro e está desaparecido

O oposicionista Edmundo González disse em artigo que está vivendo o que “milhares de meus compatriotas sofreram: tenho um parente sequestrado pelo Estado” (Foto: EFE/EPA/SALVATORE DI NOLFI)

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O oposicionista Edmundo González, reconhecido por Estados Unidos, Argentina e outros países como o vencedor da eleição presidencial do ano passado na Venezuela, afirmou num artigo publicado nesta sexta-feira (7) pelo jornal espanhol El País que seu genro, Rafael Tudares, foi sequestrado pela ditadura de Nicolás Maduro e está desaparecido.

“Sou o presidente eleito por mais de 7,5 milhões de venezuelanos e reconheço em cada voto a vontade de mudança no meu país. Mas hoje também sou apenas mais um venezuelano. Estou vivendo o que milhares de meus compatriotas sofreram: tenho um parente sequestrado pelo Estado”, escreveu González.

No texto, o oposicionista relatou que Tudares foi preso no dia 7 de janeiro, quando estava levando os filhos de sete e oito anos para visitar a avó.

O site Efecto Cocuyo relatou que o genro de González foi apresentado à Justiça venezuelana em 24 de fevereiro, acusado pelas autoridades chavistas de estar envolvido em uma conspiração do sogro “contra a república”.

Porém, segundo o Cocuyo, Tudares foi apresentado sem a presença de um advogado particular. Mariana González, esposa de Tudares e filha de González, disse no último dia 1º que não conseguiu ver o marido desde a prisão dele, apesar de ter ido a vários centros de detenção em busca de informações.

“Rafael está sendo mantido em desaparecimento forçado apenas porque é meu genro, apesar de a Constituição venezuelana estabelecer que a responsabilidade criminal de uma pessoa não pode ser estendida aos seus familiares”, afirmou González no artigo.

“É a história de muitas famílias venezuelanas que vivem em constante incerteza, ameaçadas e perseguidas”, acrescentou o oposicionista, que chamou o genro de “refém do regime” de Maduro.

González está desde setembro na Espanha, onde se asilou após a Justiça chavista ter ordenado sua prisão.

Embora o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, dominado pelo chavismo, sustente que Maduro venceu González na eleição presidencial de julho de 2024, a oposição divulgou num site cópias de mais de 80% das atas de votação que comprovam que seu candidato obteve a vitória.

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