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Tamanha é a confiança do partido governista da Turquia para as eleições gerais do próximo domingo, que seus cartazes de campanha eleitoral mostram o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, com os olhos voltados para o céu, e abaixo do governante um slogan que se refere ao centenário da República turca, o qual será comemorado daqui a mais de uma década, em 2023. "A Turquia está pronta, a meta é 2023", proclama a propaganda do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AK, na sigla turca).

O AK, de centro-direita e orientação muçulmana moderada, deverá enfrentar como rival de certo peso o Partido Republicano da Turquia (CHP, na sigla em turco), de centro-esquerda e secular. O CHP é liderado pelo parlamentar Kemal Kiliçdaroglu.

Atualmente, o AK tem uma maioria simples de 341 parlamentares, no Parlamento de 550 cadeiras. O CHP, bastante enfraquecido na década passada, é o segundo partido, com 112 cadeiras. O objetivo do AK, desta vez, é eleger dois terços do Parlamento, o que lhe permitirá alterar a Constituição de 1982. Nas eleições regionais de 2009, o AK obteve 39% dos votos, enquanto o CHP obteve 23%.

Se o AK vencer, Erdogan poderá obter um terceiro mandato consecutivo de cinco anos. O governo pensa grande e lançou projetos e metas de longo prazo. É uma atitude que a Turquia adotou nos últimos dez anos, que elevou seu perfil diplomático, alavancou seu crescimento econômico e deu vigor à sua democracia após anos em que os políticos ficaram à sombra dos militares.

Mas as perspectivas de mais uma vitória de Erdogan, além das acusações de que seu poder é cada vez mais autocrático, alimentaram preocupações de que a consolidação do AK esteja minando as promessas de fortalecer a democracia turca. As informações são da Associated Press.

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