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Argentina

Governo ameaça expropriar única fábrica de papel-jornal

Vendedor de periódicos antigos na Rua Suipacha, no centro de Buenos Aires | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Vendedor de periódicos antigos na Rua Suipacha, no centro de Buenos Aires (Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo)

A bancada governista na Câ­­mara dos Deputados da Argen­­tina impôs sua maioria e aprovou na noite de terça-feira, em cinco comissões, projeto que abre caminho para a expropriação da única fábrica de papel-jornal do país, que pertence aos jornais Clarín e La Nación, com pequena participação do Esta­­do. Em nova manobra oficial na guerra que trava contra a imprensa, o texto declara de interesse público a fabricação e distribuição de papel-jornal.

O documento deve agora ser votado em plenário até sexta-feira, durante a convocação extraordinária da Câmara.

O projeto obriga a empresa a operar com o máximo da capacidade produtiva e apresentar e executar um plano de investimentos a cada três anos. Nos artigos 40 e 41, a proposta estabelece um mecanismo para confiscar a empresa privada sem indenizar seus donos.

O texto determina que Clarín e La Nación sejam obrigados a investir mais que o Estado, caso contrário o Estado terá direitos políticos sobre a empresa e se tornaria o sócio majoritário.

A oposição denunciou que o projeto representa os interesses do governo na briga que trava com os grandes jornais do país.

Para o deputado do Pe­­ronis­­mo Federal, Felipe Solá, os artigos 40 e 41 são uma violação aos direitos da propriedade privada.

"Estamos falando de uma decisão política de permitir que o governo controle o papel dos meios de imprensa opositores", disse o deputado peronista Eduardo Amadeo.

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