![Governo argentino anuncia medidas para tentar frear efeitos da inflação no país O ministro da Economia, Sergio Massa, é um dos candidatos que concorrem às eleições argentinas em outubro](https://media.gazetadopovo.com.br/2023/07/06214126/9e6a78fa682edd8b5a03ab895bd8a6ec911f1a4cw-960x540.jpg)
O ministro da Economia e candidato à presidência da Argentina, Sergio Massa, anunciou nesse domingo (27) uma série de medidas para amenizar a queda do poder de compra da população devido à desvalorização de 22% do peso que ele mesmo validou em 14 de agosto.
Entre as ações “para cuidar das famílias argentinas”, segundo Massa antecipou em vídeo em suas redes sociais, estão abonos fiscais a pequenas e médias empresas e o pagamento de bônus extraordinários destinados a aposentados e trabalhadores argentinos, em uma tentativa de frear a inflação no país, que já superou os 100%.
"O objetivo dessas medidas é que cada um dos setores da economia tenha, de alguma forma, o apoio do Estado. Vamos compensar os danos causados por esta situação”, afirmou o ministro, em relação às consequências da desvalorização do peso argentino “forçada” pelo acordo do país com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e pela seca histórica que reduziu neste ano o nível das exportações agrícolas, motor da economia.
O Ministério anunciou linhas de crédito a taxas subsidiadas de até 400 bilhões de pesos [aproximadamente R$ 5,6 bilhões, na cotação atual] em empréstimos para os trabalhadores do país. Autônomos receberão até seis meses de redução de impostos e os aposentados, um pacote de 37 mil pesos [aproximadamente R$ 521, na cotação atual] no próximo trimestre.
Outra medida comunicada nesse domingo pelo ministro é a eliminação de impostos sobre exportação de produtos agrícolas como fertilizantes, vinho e arroz. Há previsão do governo criar um fundo de US$ 770 milhões [R$ 3,7 bilhões, na cotação atual] para o financiamento do setor.
A Argentina validou um salto cambial de 22% no dia seguinte às eleições primárias de 13 de agosto, após defender um câmbio oficial no valor da metade do que é cotado no mercado paralelo, devido às fortes restrições aplicadas pelo governo para acessar o mercado cambial oficial. (Com informações da Agência EFE)
-
Energia nuclear “de bolso”: Brasil quer testar pequenos reatores, a nova aposta do setor
-
Tarcísio investe no controle de gastos e se diferencia de Lula em uma eventual disputa
-
Rankings de liberdade de expressão sobre o Brasil ignoram censura do Judiciário
-
Euro-Islã, a demografia que condena a Europa
Deixe sua opinião