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O governo de Alberto Fernández tenta conter os avanços do dólar no país, às vésperas das eleições presidenciais
O governo de Alberto Fernández tenta conter os avanços do dólar no país, às vésperas das eleições presidenciais| Foto: EFE/ Juan Ignácio Roncoroni

O governo de Alberto Fernández, que apoia o candidato e atual ministro da Economia, Sergio Massa, decidiu reforçar o controle sobre as atividades das casas de câmbio na Argentina, às vésperas das eleições presidenciais, numa tentativa de conter o aumento do dólar no país, ato semelhante ao que foi visto antes do primeiro turno eleitoral, em outubro.

Com isso, o conhecido dólar blue ficou sem preço desde esta quinta-feira (16), de acordo com o jornal argentino Clarín.

As operações foram "abrandadas" depois do governo reforçar os controles nas casas de câmbio e "dialogar" com os grandes operadores para que não fossem feitas movimentações no período que antecede às eleições, disputadas pelo libertário Javier Milei e o peronista Sergio Massa, que compõe a atual administração da Casa Rosada.

Diante da incerteza das pesquisas eleitorais, algumas casas de câmbio duplicaram as ações do dia, comprando dólares a 960 pesos argentinos (cerca de R$ 13), sem preço oficial no ponto de venda.

Em lojas mais distantes do centro de Buenos Aires, as compras foram interrompidas, com poucas ofertas de notas avaliadas em 1.050 pesos (R$ 14,50). Poucos clientes concordaram em pagar o valor.

Na quarta-feira (15), o governo aumentou em 0,8% o dólar oficial. No dia seguinte, o mercado movimentou apenas 0,1%, passando o valor para 345,5 pesos (R$ 4,70). Para esta sexta (17), não são esperados grandes movimentos nas operações.

"Hoje o mercado movimentou com altos e baixos. Na abertura, houve algumas pequenas operações, mas por volta das 11h, as grandes casas pararam de funcionar e tudo parou. E já nos avisaram que não haverá operações amanhã", afirmou um comerciante de Buenos Aires ao Clarín nesta quinta (16).

A mesma situação foi observada no período que antecedeu as eleições de outubro, quando o governo de Fernández inseriu dezenas de funcionários da Receita Federal, Alfândegas e da polícia, para conter as operações do dólar blue nas casas de câmbio.

À época, as ações do mercado voltaram a funcionar timidamente somente na sexta-feira seguinte, quando o dólar foi vendido a 1.200 pesos (R$ 16,50).

O segundo turno eleitoral da Argentina está marcado para acontecer no próximo domingo (19).

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