
A administração do ex-presidente dos EUA George W. Bush foi acusada ontem de negligência com relação aos atentados terroristas ocorridos há exatos 11 anos no país.
Em um artigo publicado no jornal The New York Times, o editor da revista Vanity Fair, Kurt Eichenwald, disse ter chegado à conclusão de que o governo Bush foi negligente após ter tido acesso a trechos de documentos ainda não publicados sobre informações recebidas pela Casa Branca nos meses anteriores aos ataques de 11 de Setembro.
De acordo com Eichenwald, os documentos reforçam o único briefing público da CIA, do dia 6 de agosto, segundo o qual o líder da Al-Qeda, Osama bin Laden, pretendia atacar os Estados Unidos. O governo Bush, porém, preferiu levar mais a sério análises de algumas figuras neoconservadoras da Casa Branca que viam um perigo maior no então presidente iraquiano, Saddam Hussein. Bush, então, ignorou os constantes alertas de seu serviço de inteligência.
Obama e Romney
O presidente americano, Barack Obama, afirmou ontem, em um ato em memória do 11.º aniversário dos atentados de 11/9, que a liderança da rede terrorista Al-Qaeda "está devastada" e não voltará a ameaçar os americanos.
"Quando se escreverem os livros de história, o que ficará do 11 de Setembro não será nem o ódio nem as divisões, mas um mundo mais seguro, um país mais forte, com gente mais unida que antes", disse ao reunir-se com familiares das vítimas do Pentágono, em Washington, onde explodiu um dos aviões sequestrados pela Al-Qaeda.
Cerca de 3 mil pessoas morreram nos ataques em Washington, às Torres Gêmeas, em Nova York, e na Pensilvânia, onde também caiu um dos aviões sequestrados.
"Osama Bin Laden não nos ameaçará nunca mais", seguiu Obama, que deu a ordem para que militares americanos matassem o fundador da Al-Qaeda em 2011, seu maior feito em segurança nacional e um trunfo explorado a campanha de reeleição.
Em declaração escrita, o candidato republicano à Presidência, Mitt Romney, disse: "Os EUA jamais esquecerão de quem morreu, jamais deixarão de cuidar de quem ficou para trás, e vão estar sempre vigiando quem quiser nos atacar", acrescentou.



