• Carregando...

A Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) condenou o governo da Colômbia a admitir a responsabilidade pela matança ordenada, em 1990, pelo chefe paramilitar Fidel Castaño, no povoado de Pueblo Bello, além de pedir perdão e pagar US$ 5,3 milhões aos familiares das 43 vítimas.

A condenação foi publicada pelo diário "El Tiempo", na edição deste domingo. Fidel Castaño comandava, na ocasião do massacre de Pueblo Bello, no município de Turbo, no golfo de Urabá, o grupo Autodefesas Unidas da Colombia (AUC).

Na sexta condenação internacional contra a Colômbia por episódios do gênero, a CIDH levou em conta que o grupo de paramilitares que levou a cabo a chacina e que teria sumido com os cadáveres, passou por barreiras militares em várias ocasiões sem ser abordado.

"A Colômbia não adotou medidas de prevenção suficientes para evitar que um grupo deaproximadamente 60 paramilitares entrasse em Pueblo Bello - em um horário no qual a circulação de veículos estava proibida - e, em seguida, saísse da referida região, depois de haver detido as 43 vítimas, que foram assassinadas ou desapareceram", assinalou a Corte, de acordo com a reportagem do "El Tiempo".

As autoridades colombianas só localizaram, até o momento, os cadáveres de seis das 43 vítimas em valas com na fazenda "Las Tangas", dos irmãos Castaño, na província de Córdoba (noroeste), onde foram encontrados os restos mortais de 19 vítimas de outras matanças.

O Estado colombiano se defendeu das acusações, ressaltando que três dos 60 paramilitares que cometeram o crime foram presos, "o que demonstra que a justiça esteve presente".

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]