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O regime do ditador Miguel Díaz-Canel enfrenta uma série de crises dentro do governo, entre elas na área de educação com a falta de professores nas salas de aula
O regime do ditador Miguel Díaz-Canel enfrenta uma série de crises dentro do governo, entre elas na área de educação com a falta de professores nas salas de aula| Foto: EFE/Yander Zamora

O ano letivo 2023-2024 de Cuba teve início nesta segunda-feira (4) em meio a uma grave crise educacional no país, marcada pela falta de professores, material didático e uniformes para os estudantes.

A ministra da Educação, Naima Ariatne Trujillo, afirmou durante o discurso de início das atividades escolares que os problemas estão associados às sanções econômicas dos Estados Unidos contra a ditadura de Miguel Díaz-Canel e "à complexa realidade enfrentada pelo país".

Canel e o primeiro-ministro, Manuel Marrero Cruz, que participaram do ato nacional de abertura do ano, concordaram com as afirmações da ministra e confirmaram os "desafios" que a Educação enfrenta em Cuba neste ano.

Dados oficiais mostram um déficit de 15% no número de docentes somente em Havana. Além da capital, as províncias de Artemisa, Mayabeque, Camagüey e Ciego de Ávila, enfrentam a mesma situação.

Uma das soluções encontradas pelo ministério é "importar" de outras regiões da ilha para trabalhar nos locais mais deficitários. No ano passado, cerca de 3 mil educadores foram transferidos para Havana.

As principais causas da falta de profissionais na área da educação são os baixos salários oferecidos pela rede pública e a tendência migratória de cubanos para outros países. Dados do Escritório Nacional de Informação Estatística (ONEI) apontam que o salário médio do setor é de 4.005 pesos cubanos (CUP), equivalente a cerca de US$ 16 [R$ 79 na cotação atual], segundo o câmbio informal.

Outro problema anunciado pela ministra é a escassez de material escolar, que tem levado muitas famílias a buscarem recursos no mercado informal cubano.

O pai de dois estudantes disse ao portal Cubanet que o preço de uma mochila, avaliada no ano passado em 2.000 pesos (US$ 16,6 dólares), agora custa até 7.000 pesos (pouco menos de dois salários).

Sobre a falta de uniformes, a diretora de vendas e mercadorias do Grupo Empresarial do Comércio, Rosmery Mas, informou que "a produção das roupas não saiu conforme o planejado por falta de tecido no país".

Além da crise educacional, a ilha precisa administrar outros problemas internos como a economia, cada vez mais decadente com a falta de dinheiro nos bancos e os gastos de governo com infraestrutura e investimentos no turismo, a escassez de alimentos, combustível e medicamentos.

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