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Protesto em Teerã: Irã vive uma onda de manifestações desde a morte de uma jovem de 22 anos, presa e agredida por policiais por “uso inadequado” do hijab
Protesto em Teerã: Irã vive uma onda de manifestações desde a morte de uma jovem de 22 anos, presa e agredida por policiais por “uso inadequado” do hijab| Foto: EFE/EPA/STR

O Conselho de Segurança do Irã afirmou neste sábado (3) que "mais de 200 pessoas perderam a vida" durante os protestos no país que começaram em setembro deste ano. O governo anunciou ainda que as forças de segurança atuarão de forma mais ativa em qualquer manifestação.

O órgão, que está vinculado ao Ministério do Interior, indicou que as 200 mortes aconteceram em ataques terroristas durante os distúrbios, sendo as vítimas “perturbadores e elementos contrarrevolucionários armados, integrantes de grupos separatistas.” Essa é a primeira vez, desde o início dos protestos, em 16 de setembro, que o Irã divulga uma contagem oficial de mortos.

"Quanto aos manifestantes, a República Islâmica do Irã os tratou com a máxima tolerância", mas "o plano do inimigo era a continuidade dos distúrbios e  a paciência estratégica do sistema" provocou grandes danos, indica a nota.

Além disso, o Ministério alerta que o Conselho "atuará de forma mais decisiva" e "as forças de segurança e da polícia, com toda sua força e determinação, não permitirão mais que alguns perturbadores, com apoio de agências de inteligência estrangeiras, coloquem em perigo da segurança pública da sociedade". “Sendo assim, qualquer perturbação da ordem pública e reunião ilegal em qualquer nível e lugar será tratada com decisão e sem tolerância", completa o texto.

O comunicado do Ministério é publicado em meio a convocação de novos protestos contra o regime iraniano, para serem realizados de segunda até quarta-feira.

As manifestações no Irã começaram m 16 de setembro, após a morte da jovem Mahsa Amini, de 22 anos e de origem curda, enquanto estava sob custódia da polícia, presa, supostamente, por usar da maneira incorreta o véu islâmico.

ONGs estrangeiras, como a Iran Human Rights, que tem sede em Oslo, na Noruega, apontam que o número de mortos é de 448, diante da repressão policial. Além disso, ao menos 2 mil pessoas foram acusadas por diversos crimes, sendo que seis delas foram condenadas a morte até o momento.

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