Jerusalém A primeira reunião de ministros do novo governo de Israel dedicou-se ontem a questões técnicas, embora o gabinete esteja de olho no estabelecimento definitivo das fronteiras do país, mesmo que ainda não haja acordo com a parte palestina.
Caso o plano do governo do primeiro-ministro israelense Ehud Olmert de esvaziar os assentamentos isolados e de incorporar definitivamente a Israel os territórios mais povoados e próximos seja levado adiante, o Executivo teria que tomar a decisão política de transferir 70 mil pessoas. Os colonos israelenses, apoiados pelos partidos de direita, opõem-se ao Plano de Desligamento desde que este começou a ser aplicado ano passado na Faixa de Gaza.
A primeira reunião do governo apenas estabeleceu o cronograma de aprovação do Orçamento Geral do Estado e examinou outros assuntos técnicos. Assim, não foi abordado o plano fundamental do novo Executivo: a possível fixação unilateral das fronteiras. Um funcionário, no entanto, disse que o governo israelense está determinado a fixar as fronteiras e não está disposto a esperar que os palestinos se decidam. Porém, segundo ele, "é cedo para falar de um plano".



