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Socialista Pedro Sánchez

Governo esquerdista da Espanha pressiona UE a suspender acordo de associação com Israel

O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, do Partido Socialista, já chegou a chamar Israel de "Estado genocida” em discurso no Parlamento (Foto: Juan Carlos Hidalgo/EFE)

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O presidente do governo da Espanha, o socialista Pedro Sánchez, pediu nesta quinta-feira (26) à União Europeia (UE) que suspenda imediatamente o seu acordo de associação com Israel, por considerar "mais do que evidente" que o país está violando o respeito aos direitos humanos na Faixa de Gaza.

Ao chegar à reunião do Conselho Europeu em Bruxelas, Sánchez afirmou aos jornalistas presentes que faria este pedido aos demais líderes presentes.

O presidente do governo espanhol mencionou que a alta representante da UE para a Política Externa, Kaja Kallas divulgou recentemente um relatório sinalizando que Israel poderia estar violando o Artigo 2º do acordo de associação, que menciona o respeito pelos direitos humanos.

"O que não faz sentido é que estejamos implementando 18 pacotes de sanções contra a Rússia por sua agressão à Ucrânia, e a Europa, em um duplo padrão, seja incapaz de sequer suspender um acordo de associação quando o Artigo 2º sobre o respeito pelos direitos humanos está sendo flagrantemente violado", disse o socialista.

Sánchez lembrou que a Espanha chegou a apresentar uma resolução à Assembleia Geral da ONU, juntamente com a Autoridade Nacional Palestina, que recebeu "amplo apoio", para pedir o fim da guerra e o acesso à ajuda humanitária em Gaza.

Além disso, pediu que se avance em direção a uma solução de dois Estados, que o governo espanhol acredita ser a única solução possível para a questão.

Essa não é a primeira tentativa da Espanha boicotar Israel. No início do mês, o governo espanhol já havia anunciado o cancelamento da compra de 168 lançadores de mísseis e 1.680 mísseis antitanque da empresa israelense Rafael devido às divergências sobre o apoio ao país.

Além disso, no mês passado, Sánchez sugeriu que Israel fosse excluído de eventos e competições internacionais.

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