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O presidente dos EUA, Donald Trump, decidiu adiar por mais um mês as tarifas de 25% sobre produtos importados do México e do Canadá cobertos pelo acordo de livre-comércio conhecido como T-MEC.
A confirmação ocorreu após o secretário de Comércio, Howard Lutnick, antecipar essa possibilidade nesta quinta-feira (6) em entrevista à emissora CNBC.
"É provável que (a pausa) cubra todos os bens e serviços que estejam em conformidade com o T-MEC. Aqueles que fazem parte do acordo do presidente Trump com o Canadá e o México provavelmente receberão uma isenção dessas tarifas", afirmou Lutnick.
Horas depois, Trump emitiu ordens executivas confirmando o adiamento das taxas sobre produtos do Canadá e México.
Este é o segundo adiamento de um mês que Trump determina desde o anúncio das novas cobranças sobre os dois países, em fevereiro.
As tarifas de 25% impostas pelos EUA sobre as importações do Canadá e do México entraram em vigor no último dia 4. Com o novo adiamento, só entrarão em vigor em 2 de abril.
Um dia depois, a Casa Branca anunciou uma pausa de um mês nas tarifas sobre carros e peças fabricadas no México e no Canadá, depois que Trump conversou com os três maiores fabricantes dos EUA - General Motors, Ford e Stellantis - que montam veículos nos dois países vizinhos.
Ainda nesta quinta-feira (6), o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, afirmou que não eliminará as tarifas que impôs aos EUA na terça-feira até que o governo de Donald Trump cancele completamente suas cobranças.
O líder canadense advertiu que é possível que os dois países permaneçam em uma guerra comercial. "Isso pode confirmar que, no futuro previsível, permaneceremos em uma guerra comercial lançada pelos Estados Unidos. Os canadenses devem continuar a comprar produtos canadenses e apoiar uns aos outros", disse.
Trudeau classificou a conversa telefônica de 50 minutos que teve com Trump nesta quarta-feira como "animada", mas se recusou a confirmar relatos vazados para alguns meios de comunicação dos EUA de que os dois líderes usaram linguagem chula.
"Quando falo com Donald ao telefone, é sempre interessante, e desta vez, eu acho, animado. Mas também construtivo", declarou, ressaltando que não queria entrar em detalhes, exceto que "houve algumas partes da conversa em que diferentes abordagens e tons foram usados".
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