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O governo dos EUA, liderado por Donald Trump, estaria cogitando reduzir as tarifas de 145% sobre produtos importados da China, segundo relataram fontes familiarizadas com o assunto nesta quarta-feira (23) ao The Wall Street Journal.
Se a medida se concretizar, os impostos sobre Pequim poderiam cair para até 50% em alguns casos, segundo as pessoas consultadas. Além dessa possibilidade, um sistema escalonado com taxas de 35% e 100% também está sendo considerado, mas é Trump que terá a palavra final.
O sistema escalonado, segundo o jornal, é semelhante a um projeto de lei proposto no ano passado pelo Comitê da Câmara dos Representantes sobre a China, que defende uma tarifa de 35% sobre produtos que não ameaçam a segurança nacional e de pelo menos 100% para aqueles descritos como "estratégicos" para os EUA.
Um funcionário do governo disse que o presidente ainda aguarda alguma ação de Pequim antes de decidir sobre a redução de tarifas.
O líder da Casa Branca já havia comentado com repórteres no Salão Oval, nesta terça-feira, que as tarifas de 145% que impôs aos produtos chineses seriam "substancialmente reduzidas" em algum momento e expressou "otimismo" sobre a possibilidade de chegar a um acordo com a China.
“O presidente Trump foi claro: a China precisa fechar um acordo com os Estados Unidos da América. Quando as decisões sobre tarifas forem tomadas, elas virão diretamente do presidente. Qualquer outra coisa é pura especulação”, disse Kush Desai, porta-voz da Casa Branca.
Além do presidente, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, principal autoridade responsável pelas negociações comerciais com o gigante asiático, também manifestou sua esperança de uma redução da tensão na guerra comercial com a China.
Nesta quarta-feira, a China sinalizou que poderia manter um diálogo com os EUA sobre a guerra tarifária, apesar de ter deixado claro que não negociaria sob ameaça e pressão da Casa Branca.




