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Uma versão preliminar do documento sobre com a Estratégia de Segurança Nacional (NSS, na sigla em inglês) dos Estados Unidos indicava que o governo do presidente Donald Trump pretendia aprofundar relações com governos mais conservadores da Europa com o objetivo de afastá-los da influência da União Europeia (UE), segundo revelou o jornal The Telegraph. O documento, cuja existência é negada pela Casa Branca, citava Itália, Hungria, Polônia e Áustria como países prioritários para uma reconfiguração de alianças dos EUA no continente europeu.
De acordo com o Telegraph, essa versão do NSS teria circulado antes da publicação oficial do documento, que foi divulgado na semana passada. Neste texto que foi publicado, os EUA tratam a Europa como um continente em risco de “aniquilação civilizacional” caso não reduzisse fluxos migratórios, afirmando que seguir na mesma direção tornaria o bloco “irreconhecível em 20 anos ou menos”.
Segundo oTelegraph, o documento preliminar sugeria que os Estados Unidos deveriam “trabalhar mais” com os governos conservadores europeus com o objetivo de “afastá-los da União Europeia”. O texto também defendia apoio americano a partidos e movimentos europeus comprometidos com “soberania” dos países e “formas tradicionais de vida”, desde que pró-EUA, ampliando diretrizes já mencionadas no documento público.
O jornal britânico afirma que o documento mencionaria também a criação do chamado “Core 5”, um grupo formado por Estados Unidos, China, Rússia, Índia e Japão, destinado a reorganizar centros de poder globais. A Casa Branca, porém, rejeitou a existência de qualquer versão alternativa do NSS.
“Relatos sobre um documento mais longo são fake news”, disse a porta-voz Anna Kelly ao Telegraph. “O presidente Trump assinou apenas uma estratégia, transparente, que estabelece princípios e prioridades para o governo.”







