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O Departamento de Educação dos Estados Unidos informou nesta segunda-feira (5) à Universidade de Harvard que suspendeu recursos para futuras bolsas de pesquisa e outras verbas até que a instituição ceda a uma série de exigências do governo Donald Trump.
Segundo informações da agência Reuters, a secretária de Educação dos EUA, Linda McMahon, enviou uma carta à direção da Harvard para informar que a universidade deve aprimorar ações contra o antissemitismo, abolir políticas que levam em conta o perfil racial dos alunos e tomar providências sobre a alegação do governo Trump de que a instituição abandonou a meta de “excelência acadêmica” ao contratar poucos professores conservadores.
“Esta carta informa que Harvard não deve mais buscar bolsas do governo federal, já que nenhuma será concedida”, escreveu McMahon. A universidade ainda não se pronunciou sobre essa medida.
Essa suspensão é o mais recente capítulo na briga entre a gestão Trump e a direção da Harvard, que no último dia 14 disse numa carta que não cumpriria uma lista de exigências apresentadas pelo governo federal, como “amplas reformas da gestão e liderança”; implementação de políticas de admissão de alunos e contratação de funcionários “baseadas no mérito”; e uma auditoria dos corpos docente e discente e da administração da instituição a respeito das suas visões sobre diversidade.
Em resposta, o governo Trump anunciou a suspensão de US$ 2,2 bilhões em bolsas plurianuais e US$ 60 milhões em contratos plurianuais de Harvard. A universidade ingressou com uma ação para contestar o bloqueio.
Trump também ameaçou retirar a isenção fiscal de Harvard e a autorização da universidade para admitir estudantes estrangeiros.
Na semana passada, depois que o presidente acusou novamente a Harvard de ser antissemita, a universidade mudou o nome do seu departamento de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) para Comunidade e Vida no Campus e pediu desculpas pela “falha” da instituição em combater ações antissemitas e islamofóbicas no campus desde os ataques terroristas do Hamas em Israel em 7 de outubro de 2023.







