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O Ministério do Interior da Turquia anunciou, neste domingo (23), que suspendeu o mandato do prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu, posto em prisão preventiva por acusações de corrupção. No entanto, não foi nomeado, até o momento, quem assume em seu lugar.
Em um comunicado publicado na rede social X, o ministério indicou que, como "medida temporária", está suspendendo Imamoglu do cargo de prefeito – acusado de quatro crimes dentro de uma investigação de corrupção pela qual foi preso na última quarta-feira (19).
A prisão do popular prefeito, que assumiu o cargo em 2019 e foi reeleito em 2024, gerou enormes protestos na Turquia, já que seu partido, o social-democrata CHP, indicou Imamoglu como candidato para as próximas eleições presidenciais para desafiar o atual mandatário, Recep Tayyip Erdogan.
Imamoglu é acusado de registrar ilegalmente dados pessoais, suborno, fraude em licitações e criação de uma organização criminosa, acusações que a oposição acredita serem inventadas para afastar da política o futuro presidenciável.
O Ministério do Interior também removeu temporariamente de seu cargo o prefeito do distrito de Beylikdüzü, Mehmet Murat Çalik, por ter as mesmas acusações de Imamoglu.
A pasta aplicou a mesma medida a Resul Emrah Sahan, prefeito do distrito de Sisli, acusado em um caso separado de "colaboração com um grupo terrorista". Neste caso, nomeou o ministro do Interior do distrito, Cevdet Ertürkmen, como seu substituto, intervindo assim no gabinete do prefeito.
Em Istambul, a assembleia municipal deve eleger agora um substituto para o prefeito entre os vereadores da Assembleia Municipal, onde o CHP detém a maioria, com 180 membros, em comparação com 126 do AKP, o partido do presidente Erdogan.
O CHP convidou novamente seus apoiadores para se manifestarem hoje (23) à noite, como fizeram nos dias anteriores, em frente à Prefeitura de Istambul, onde cerca de 50 mil pessoas se reuniram no sábado (22) para exigir a libertação do prefeito.





