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Aerolíneas Argentinas e Austral, principais companhias que operam vôos domésticos no país, retomarão seus serviços na quarta-feira, depois do fim de uma greve dos funcionários que fazem o check-in, o que resultou em três dias de atrasos e cancelamentos.

Fontes sindicais e das empresas confirmaram o fim do protesto, que desde domingo gerava dificuldades para milhares de passageiros, que enfrentavam atrasos e cancelamentos de vôos no Aeroparque Jorge Newbery, o aeroporto doméstico da capital argentina.

"A partir da amanhã [quarta-feira] à 0h se levanta a medida, em princípio por uma semana. Mostramos a boa pré-disposição para negociar com a empresa, em parte também pelas pessoas, porque não queremos incomodá-las mais", disse a representante sindical Paula Aragón à rádio Mitre.

A Aerolíneas e a Austral confirmaram à Reuters o fim do protesto e disseram que começarão a regularizar seus vôos na quarta-feira - na terça, todas as partidas foram canceladas.

A Aerolíneas, maior do setor no país, e a Austral são companhias diferentes, mas ambas estão controladas pelo grupo espanhol Marsans, por meio da empresa Interinvest.

Antes, as empresas ameaçaram demitir os grevistas.

O conflito trabalhista começou no domingo, quando empregados filiados à Associação do Pessoal Aeronáutico (APA) deixaram seus postos de trabalho, argumentando que haviam sido agredidos por passageiros revoltados com os atrasos provocados por uma forte névoa.

"Pedimos [às empresas] medidas concretas que garantam nossa integridade física e psíquica", disse Aragón.

Homens de negócios, turistas e passageiros prejudicados que voltavam a suas casas manifestaram sua ira a jornalistas pela falta de atenção e de explicação diante das suas queixas.

A imprensa disse que os cancelamentos atingiram cerca de 200 vôos desde domingo, afetando aproximadamente 10 mil passageiros.

A greve não atingiu outras empresas que operam no Aeroparque, como a LAN Argentina, filial da chilena LAN Airlines. Do Aeroparque também saem vôos para o vizinho Uruguai.

Os filiados da APA entraram em greve depois que dois empregados e dois passageiros trocaram socos no fim de semana devido à demora nos vôos.

Nos últimos dias, uma forte névoa cobre Buenos Aires, geralmente pela manhã, afetando o funcionamento do aeroporto doméstico e também do internacional de Ezeiza, cerca de 30 quilômetros ao sul. Além disso, Ezeiza sofre uma sobrecarga desde a semana passada, devido ao desvio dos vôos do Aeroparque para lá.

A névoa ocorre devido à presença de ar úmido e de ventos fracos na superfície, especialmente na margem do rio da Prata. A imprensa local diz que há 25 anos não se via esse fenômeno com tanta duração.

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