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Manifestantes bolivianos entraram em confronto com a policia durante protesto no departamento de Santa Cruz | Carlos Hugo Vaca / Reuters
Manifestantes bolivianos entraram em confronto com a policia durante protesto no departamento de Santa Cruz| Foto: Carlos Hugo Vaca / Reuters
  • Policiais bolivianos apagam barreira de pneus montada em rua de Santa Cruz
  • Manifestante dispara foguete contra policiais: três policias sofreram agressão
  • Pedaços de paus foram utilizados para confronto e destroçamento de um veículo

Apesar do anúncio de que seria pacífica, a greve de 24 horas realizada nesta terça-feira (19) em cinco dos nove departamentos (estados) da Bolívia foi marcada por confrontos violentos entre policiais e manifestantes. A manifestação foi convocada pelo Conselho Nacional Democrático (Conalde) nos quatro departamentos que reivindicam autonomia (Pando, Beni, Tarija e Santa Cruz) e em Chuquisaca.

Segundo informações da Agência Boliviana de Informação (ABI), que é estatal, membros da União Juvenil Cruzenha (UJC) que tentavam garantir a realização das manifestações agrediram três policiais e destroçaram o veículo em que eles estavam, em Santa Cruz de la Sierra.

O incidente ocorreu na madrugada desta terça, logo após iniciada a greve, no bairro Plan Tres Mil, reduto de simpatizantes do presidente Evo Morales, que são contra a autonomia de Santa Cruz Os agressores também teriam saqueado estabelecimentos comerciais e bares que estavam abertos, além de agredir quem estava nesses locais. A UJC é uma espécie de polícia paralela ligada ao governo local.

A greve foi convocada para protestar contra o corte no repasse das verbas arrecadadas com o Imposto Direto sobre Hidrocarbonetos (IDH) para os caixas regionais. Atualmente, esse dinheiro é utilizado para pagar pensão a maiores de 60 anos.

Juntos, os departamentos onde a manifestação está sendo realizada representam mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, segundo dados da BBC Brasil. De acordo com a polícia, a paralisação é "parcial" nestas cinco regiões.

Em vários pontos, lojas e escolas foram fechadas e o transporte público suspenso, em geral por medo da violência. O aeroporto de Beni suspendeu as atividades. O mesmo ocorreu em Santa Cruz, de forma parcial.

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