Um grupo militante até então desconhecido em Gaza reivindicou responsabilidade, nesta quarta-feira, pelo seqüestro de dois jornalistas do canal Fox News, realizado há nove dias, e exigiu que os Estados Unidos libertem "prisioneiros muçulmanos" dentro de 72 horas.
"Libertem o que vocês têm, que nós libertaremos o que nós temos", disse em um comunicado o grupo "Brigadas da Jihad Sagrada".
Os dois jornalistas foram mostrados sentados juntos e conversando, em uma fita obtida pela Reuters na quarta-feira.
O correspondente Steve Centanni e o cinegrafista Olaf Wiig, do canal Fox News, foram capturados por homens armados e mascarados na cidade de Gaza, no dia 14 de agosto, quando trabalhavam em uma matéria.
O grupo não disse o que acontecerá com os dois jornalistas se os EUA não atenderem ao seu pedido para libertar muçulmanos em prisões americanas quando expirar o prazo, no sábado.
"Se vocês implementarem nossas condições, nós implementaremos nossas promessas, de outra maneira, vocês terão que esperar", disse o comunicado.
Não se falou sobre as condições dos jornalistas desde que eles foram capturados. Até o comunicado de quarta-feira, que continha versos do Corão, ninguém havia reivindicado a autoria do seqüestro, que já é o de maior duração em Gaza, em mais de um ano.
Seqüestros anteriores (houve pelo menos sete envolvendo estrangeiros desde agosto de 2005, quando soldados israelenses saíram de Gaza após 38 anos de ocupação) geralmente acabaram depois de algumas horas ou dias de cativeiro.
O seqüestro gerou um debate na mídia americana.



