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O ministro de Relações Exteriores do Peru, Nestor Popolizio (ao centro), lê a declaração do Grupo de Lima após reunião de emergência para discutir a crise da Venezuela, 3 de maio
O ministro de Relações Exteriores do Peru, Nestor Popolizio (ao centro), lê a declaração do Grupo de Lima após reunião de emergência para discutir a crise da Venezuela, 3 de maio| Foto: Cris BOURONCLE / AFP

O Grupo de Lima decidiu facilitar a participação de Cuba na procura por soluções para a crise na Venezuela. O grupo, formado por países das Américas para auxiliar a recuperação da democracia no país vizinho, organizou uma reunião de emergência nesta sexta-feira (3), após os confrontos ocorridos na Venezuela na terça-feira, quando o presidente interino Juan Guaidó pediu o apoio dos militares à sua campanha para retirar o ditador Nicolás Maduro do poder.

Participaram da reunião os governos de Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru e Venezuela.

Na declaração divulgada após a reunião, o grupo afirmou que condena "a repressão do regime ilegítimo e ditatorial de Nicolás Maduro que novamente causou mortes e deixou centenas de feridos e detidos".

Os governos propuseram uma reunião urgente com o Grupo de Contato Internacional - grupo formado em fevereiro por países europeus e latino-americanos para buscar solução pacífica para a Venezuela - para "buscar a convergência no propósito comum de conquistar o retorno à democracia na Venezuela", e convidaram outros membros da comunidade internacional para somar esforços para alcançar esse objetivo.

O Grupo ainda reiterou o seu chamado à Rússia, Turquia e os países que ainda apoiam o regime de Maduro para que favoreçam o processo de transição democrática.

Apelo às forças armadas

Na terça-feira (30), durante a intensificação dos conflitos na Venezuela, os chanceleres desses países realizaram uma reunião de emergência, por meio de teleconferência, para discutir a crise no país.

Em um comunicado divulgado após a reunião, o Grupo de Lima afirmou que o movimento para depor o ditador Nicolás Maduro não pode ser classificado como golpe de Estado. Os governos dos países do Grupo responsabilizaram Maduro e seus agentes armados "pelo uso indiscriminado da violência para reprimir o processo de transição democrática e o restabelecimento do Estado de direito na Venezuela."

O Grupo de Lima exigiu ainda o respeito à integridade física dos venezuelanos, em especial dos membros da Assembleia Nacional e da oposição, assim como a liberação dos presos políticos.

Os representantes fizeram ainda um apelo às forças armadas venezuelanas para que abandonem Maduro e declarem sua lealdade a Guaidó.

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