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O presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, discursa durante marcha em protesto contra o regime de Maduro no dia da Independência do país, 5 de julho
O presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, discursa durante marcha em protesto contra o regime de Maduro no dia da Independência do país, 5 de julho| Foto: CRISTIAN HERNANDEZ / AFP

A Venezuela celebra nesta sexta-feira (5) 208 anos de independência. Em meio à crise política e humanitária do país, a população foi para as ruas protestar contra as violações a direitos humanos pelo regime do ditador Nicolás Maduro.

No primeiro grande ato da oposição após o fracassado levante militar de 30 de abril, o presidente interino da Venezuela Juan Guaidó liderou uma marcha em Caracas desde a sede do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) até a Direção Geral de Contrainteligência Militar (DGCIM), o local onde foi morto o capitão Rafael Acosta Arévalo.

A família de Acosta Arévalo e a oposição acusam o regime de torturar e assassinar o capitão.

"A metros daqui torturam e assassinam venezuelanos que pensam de forma diferente. Que o mundo inteiro veja. Não temos medo e continuamos nas ruas", disse Guaidó a centenas de pessoas em frente à entrada do DGCIM, relatou a imprensa venezuelana.

Guaidó disse ainda que as forças armadas são hoje "cúmplices das violações aos direitos humanos" denunciadas pelo relatório da ONU divulgado na quinta-feira, e convocou os militares a não serem cúmplices e "ocultar o ditador".

"Vamos marchar, vamos à liberdade pela liberdade, porque paradoxalmente hoje estamos lutando por militares torturados por militares", assegurou Guaidó.

Desfile militar

Maduro participou de um desfile militar em Caracas e anunciou que as Forças Armadas venezuelanas farão exercícios militares na fronteira, no próximo dia 24, para "colocar à prova" planos de defesa nacional em meio a "pedidos de intervenção e guerra", segundo a agência de notícias AFP.

O chefe de operações das Forças Armadas, almirante Remigio Ceballos, denunciou nesta sexta-feira um "assédio constante de exploração" e "inteligência eletrônica" dos Estados Unidos perto da fronteira e em áreas aéreas e marítimas sob jurisdição do país.

Em discurso a militares do alto escalão, Maduro afirmou que apoia o processo de negociação mediado pela Noruega entre o seu governo socialista e a oposição de Guaidó, informou a agência de notícias Reuters.

O Comitê de Direitos Humanos da ONU divulgou um relatório na quinta-feira (4), acusando as forças de Maduro de cometerem uma série de "violações graves" contra opositores e pedindo a extinço~da Força de Ação Especial da Polícia Nacional Bolivariana (Faes), responsável pela execução de mais de 6.800 pessoas do começo de 2018 até maio de 2019.

  • Militares da Venezuela marcham diante de Nicolás Maduro durante desfile militar em Caracas no dia da independência, 5 de julho
  • Desfile militar no dia da Independência da Venezuela, 5 de julho, em Caracas
  • Membros da milícia venezuelana seguram caixas dos Comitês Locais de Abastecimento e Produção (CLAP) ao desfilar diante de Nicolás Maduro durante parada militar no dia da Independência da Venezuela, em Caracas, 5 de julho
  • Militares da Venezuela marcham diante de Nicolás Maduro durante desfile militar em Caracas no dia da independência, 5 de julho
  • Soldados do exército da Venezuela marcham diante de Nicolás Maduro durante desfile militar em Caracas no dia da independência, 5 de julho
  • Soldados do exército da Venezuela marcham diante de Nicolás Maduro durante desfile militar em Caracas no dia da independência, 5 de julho
  • O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, com sua esposa, Cilia Flores, e o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, durante desfile militar em Caracas, no dia da Independência, 5 de julho
  • O presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, discursa durante marcha em protesto contra o regime de Maduro no dia da Independência do país, 5 de julho
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  • O presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, cumprimenta apoiadores durante marcha contra o regime de Maduro no dia da Independência da Venezuela, 5 de julho, em Caracas
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