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A série de reportagens que revelou o amplo esquema de espionagem do governo americano deu ao "The Guardian US" e ao "The Washington Post" o prêmio Pulitzer na categoria serviço público, pela série de reportagens sobre os programas de espionagem da NSA (Agência de Segurança Nacional), vazados por Edward Snowden.

Segundo a Universidade Columbia, responsável pela premiação, a equipe do "Guardian" revelou "o amplo sistema secreto de vigilância da NSA, contribuindo, com uma cobertura agressiva, para estimular um debate sobre a relação entre o governo e o público em temas de segurança e privacidade". Por ser um prêmio destinado a organizações americanas ou com sede nos EUA, o Pulitzer foi dado ao escritório do "Guardian" em Nova York.

No caso do "Washington Post", a cobertura sobre o caso da NSA "ajudou o público a entender como as revelações se inserem num ambiente mais amplo de segurança nacional".

De acordo com o administrador do Pulitzer, Sig Gissler, o nome do jornalista Glenn Greenwald, que recebeu os papéis de Snowden, ex-técnico da NSA, não foi citado por essa ser a única categoria do prêmio que é dada ao veículo.

"E, se você olhar, durante a cobertura, foram vários os jornalistas que contribuíram com reportagens", disse Gissler.

Greenwald, que chegou a Nova York na semana passada para a entrega de outro prêmio, não esteve presente na cerimônia de anúncio. Havia especulações de que seu nome não fosse premiado pela polêmica que a revelação do esquema de espionagem do governo gerou nos EUA. Para muitos americanos, Snowden é considerado um "traidor", que colocou a nação em risco ao expor o sistema de vigilância.

Para Gissler, o foco dos jurados, no entanto, não foi o vazamento feito por Snowden, mas a informação que foi disponibilizada ao público a partir dos papéis e a discussão gerada sobre privacidade e vigilância.

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