O Exército de Libertação Nacional (ELN), a segunda guerrilha de esquerda da Colômbia, afirmou nesta quarta-feira que vai libertar todos os seus reféns como parte de uma trégua experimental que espera firmar no fim de julho com o governo do presidente Álvaro Uribe.
Segundo o comandante Pablo Beltrán, chefe de uma delegação da ELN nos contatos de paz mantidos desde abril em Havana, seriam "dezenas" os reféns libertados em um "gesto de paz".
"O ELN, quando firmar o cessar-fogo, se compromete em libertar todos os detidos que mantém neste momento e se compromete, durante o período do cessar-fogo, a não fazer retenções de caráter econômico", disse Beltrán a jornalistas estrangeiros em Havana.
O governo afirmou que o ELN tem cerca de 400 reféns. Beltrán descreveu os sequestros como "atividades financeiras" para se sustentar.
"É uma ínfima minoria com tudo o que dizem os meios de comunicação, com tudo o que diz a Cruz Vermelha Internacional", afirmou o comandante guerrilheiro, que estimou a cifra em "dezenas".
Beltrán afirmou que a oferta está na mesa de negociações desde o começo da sexta rodada de conversações de paz em meados de abril.
O cessar-fogo bilateral por seis meses seria fechado em fins de julho em Havana, onde o ELN e o governo buscam desde dezembro de 2005 uma solução para mais de 40 anos de conflito armado.
Beltrán disse que, durante a trégua, o ELN se dedicará a um "plano político" financiado pela comunidade internacional.



