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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu; e o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu; e o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh| Foto: EFE/EPA/LEO CORREA e MAXIM SHIPENKOV

O chefe do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh, comunicou nesta segunda-feira (6) a autoridades do Egito e do Catar que o grupo terrorista palestino aceitou a proposta elaborada pelos mediadores para um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

O Hamas fez o anúncio em um breve comunicado no qual não ofereceu mais detalhes, depois do Exército israelense ter alertado os moradores do leste de Rafah para deixarem a cidade diante da iminência de uma nova operação terrestre para eliminar terroristas que atuam na área.

Logo depois do anúncio, uma autoridade israelense disse à agência Reuters que os termos do novo plano de trégua foram "amenizados" pelo Egito, o que torna o acordo "inaceitável" por parte de Tel Aviv. Para a fonte, a milícia palestina só aceitou o cessar-fogo para deixar o lado israelense como "vilão" na história ao recusar a proposta.

No entanto, até o momento não são conhecidos os detalhes desse novo plano de trégua, nem a posição oficial do Estado de Israel, embora, segundo os meios de comunicação, o acordo aceito pelo Hamas não conta com o sinal verde do governo de Netanyahu.

Biden convence Netanyahu a abrir passagem para ajuda humanitária

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conseguiu nesta segunda-feira (6) que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometesse abrir a passagem de Kerem Shalom, fechada após um ataque do Hamas, e reiterou sua “posição clara” em relação a uma operação na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

Segundo informou a Casa Branca em um comunicado, “o primeiro-ministro concordou em garantir que a passagem de Kerem Shalom esteja aberta para assistência humanitária aos necessitados”.

A passagem de Kerem Shalom, uma das principais travessias utilizadas para entregar ajuda humanitária à Faixa de Gaza, foi fechada neste domingo (5), depois de um ataque do Hamas ter matado quatro soldados israelenses e ferido outros dez.

Além disso, Biden “reiterou a sua posição clara sobre Rafah”, segundo o comunicado da Casa Branca, que não acrescentou mais detalhes sobre essa parte da conversa.

O governo Biden tem pedido repetidamente a Israel que apresente um plano concreto e eficaz antes de invadir Rafah para evitar a morte de civis naquela cidade, situada na fronteira com o Egito e onde estão mais de 1,4 milhão de palestinos, que se refugiaram ali das operações israelenses no resto do enclave.

Por outro lado, os dois líderes também falaram sobre as negociações para chegar a um acordo sobre um cessar-fogo na Faixa de Gaza em troca da libertação dos reféns israelenses detidos no enclave pelo Hamas e da libertação dos palestinos de prisões israelenses.

Os Estados Unidos têm atuado como mediadores nessas negociações com o Egito e o Catar há meses. (Com Agência EFE)

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