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Participantes de uma marcha de quatro dias a Jerusalém, para pedir medidas para a libertação de reféns do Hamas
Participantes de uma marcha de quatro dias a Jerusalém, para pedir medidas para a libertação de reféns do Hamas| Foto: EFE/EPA/ABIR SULTAN

O Hamas afirmou nesta sexta-feira (1º) que sete reféns que mantém na Faixa de Gaza morreram em consequência dos bombardeios de Israel, supostamente elevando para 70 o número total de pessoas em cativeiro mortas desde o início da guerra, segundo a contagem do grupo terrorista.

“Tentamos mantê-los vivos, mas [o primeiro-ministro israelense] Benjamin Netanyahu insistiu em matar todos os sete por meio de ataques do Exército israelense”, disse em um comunicado Abu Obeida, porta-voz das Brigadas Al Qassam, o braço armado do Hamas.

Israel não comentou a informação por enquanto. Entretanto, o Hamas e grupos aliados têm um histórico de mentir sobre a situação dos reféns. Em novembro, Hannah Katzir foi uma das reféns libertadas durante uma trégua de uma semana, após a Jihad Islâmica ter alegado que ela havia sido morta durante um bombardeio israelense.

O Hamas disse que três dos reféns supostamente mortos são os idosos israelenses Haim Peri, Yoram Itak Metzger e Amiram Cooper, sobre os quais já havia afirmado há semanas que não tinha informações sobre seu estado ou paradeiro, tendo perdido contato com a célula que os mantinha em cativeiro.

“Após exame e verificação nas últimas semanas, confirmamos o martírio de vários dos nossos combatentes e o assassinato de sete prisioneiros inimigos na Faixa, como resultado do bombardeio sionista. Anunciaremos os nomes dos outros quatro falecidos após confirmarmos suas identidades”, acrescentou Obeida.

Com os sete reféns dados como mortos pelo Hamas, o grupo terrorista elevou para mais de 70 o total de reféns que teriam morrido em cativeiro “como resultado das operações militares do exército inimigo”, enquanto Israel confirmou apenas a morte de cerca de 30, sem assumir responsabilidade por esses óbitos.

“Ao mesmo tempo, afirmamos que o preço que aceitaremos por cinco ou dez prisioneiros vivos é o mesmo que teríamos pago por todos os prisioneiros se não tivessem morrido nos bombardeios do inimigo”, destacou o Hamas, em alusão às negociações para um acordo de trégua.

Durante esta semana, as negociações avançaram timidamente em Doha, com a mediação do Catar, do Egito e dos Estados Unidos, para chegar a um acordo de trégua que permitiria uma nova troca de reféns por prisioneiros palestinos, embora as posições permaneçam distantes.

O Hamas insiste que uma trégua temporária seja acompanhada por um acordo para a cessação das hostilidades em uma segunda fase, à qual Israel se opõe, com Netanyahu chamando as exigências do grupo de “ilusórias” na noite passada.

O projeto de acordo ainda não fechado contempla uma trégua de cerca de seis semanas, possivelmente coincidindo com o Ramadã, que começa em 10 de março, e uma troca de dez prisioneiros palestinos por cada refém.

Desde o início da guerra, Israel e o Hamas só chegaram a um acordo de trégua de uma semana no final de novembro, que permitiu a libertação de 105 reféns em troca de 240 prisioneiros palestinos.

Além disso, quatro reféns foram libertadas pelo Hamas em outubro; três resgatados pelo Exército – dois deles há algumas semanas em uma operação bem-sucedida em Rafah -; enquanto os corpos de 11 reféns foram recuperados, três dos quais foram mortos por engano pelas tropas israelenses.

De acordo com a contagem de Israel, 130 pessoas sequestradas em 7 de outubro permanecem no enclave, cerca de 30 delas confirmadas como mortas pela inteligência israelense; enquanto há ainda outros reféns de anos anteriores, dois deles mortos.

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