![Hamas exige garantias para cessar-fogo Palestino dirige moto próximo de escombros em Beit Lahiya | Mohammed Salem/Reuters](https://media.gazetadopovo.com.br/2014/08/ruinas_2_080814-1.0.133166510-gpLarge.jpg)
As Brigadas de Ezzedine al Qassam, o braço armado do Hamas, disseram ontem que não aceitarão uma ampliação do cessar-fogo proposta nas negociações que a delegação palestina mantém no Cairo com Israel, a menos que seja garantida a construção de um porto marítimo em Gaza, entre outras condições.
"Não aceitaremos pôr fim a essa batalha sem pôr fim às agressões, suspender o bloqueio e, a exigência mais importante, construir um porto marítimo em Gaza. Não aceitaremos menos que isso", afirmou um porta-voz das brigadas em discurso transmitido pela televisão.
"Pedimos à equipe negociadora que não estenda o atual cessar-fogo até que se cumpram nossas reivindicações, especialmente a construção de um porto marítimo. E que se retirem se suas exigências e termos não forem respeitados", acrescentou o porta-voz. Segundo ele, Israel provou sua derrota após a decisão de tirar tropas da Faixa de Gaza. "Demos espaço às negociações para conseguir os pedidos da resistência palestina e permitir ao nosso povo uma vida melhor com dignidade. Estamos preparados para retomar a batalha de novo", acrescentou.
Segundo o porta-voz, Israel tem duas opções. A primeira delas, "embarcar em uma guerra de longo prazo, desgastante, onde a vida de Israel será completamente paralisada, a economia cairá e o aeroporto deixará de operar voos durante vários meses". E a segunda, "retomar a invasão terrestre".
Fim
Israelenses e palestinos estavam ontem no terceiro e último dia da trégua estipulada com o Egito para negociar uma saída ao conflito armado em Gaza. O cessar-fogo termina hoje às 8 h locais (2 h em Brasília).
Denúncia
A Anistia Internacional informou ontem que detectou "indícios crescentes" de ataques aparentemente deliberados do Exército de Israel contra hospitais e pessoal médico da Faixa de Gaza e pediu que seja feita uma investigação imediata. Os supostos ataques teriam causado a morte de seis responsáveis por serviços de saúde.
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