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Território

Hamas reitera que pode aceitar Estado com fronteiras de 1967

O Governo palestino do grupo radical islâmico Hamas confirmou neste sábado que está disposto a aceitar um Estado palestino estabelecido nos territórios ocupados por Israel em 1967, mas lembrou que esta posição não é nova. O porta-voz do Governo palestino, Ghazi Hamad, respondia às informações sobre um suposto reconhecimento implícito de Israel por parte do Hamas, após ter sido feito um acordo envolvendo militantes de distintas facções palestinas detidos em prisões israelenses.

No último dia 11, presos de diferentes movimentos palestinos encarcerados em Israel chegaram a um acordo pelo qual se comprometem a aceitar a criação de um Estado palestino dentro das fronteiras de 1967.

O documento pede o retorno dos refugiados palestinos, a libertação de todos os presos, e defende que os "atos de resistência" contra a ocupação da Cisjordânia e de Gaza sejam limitados.

O acordo acrescenta que os grupos Hamas e Jihad Islâmica vão aderir à Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e que irá reconhecê-la como único órgão representante do povo palestino.

Também menciona que, antes de colocá-lo em prática, o documento será submetido a uma consulta popular ou deverá ser confirmado pela OLP.

Hamad ressaltou que seu governo não tem qualquer objeção a "uma solução justa do caso palestino", baseada na criação de "um estado independente e soberano", dentro das fronteiras de 1967.

Esta idéia contradiz, em princípio, a estratégia do Hamas que busca o estabelecimento de um estado islâmico em toda a "Palestina histórica" (os territórios e Israel), no qual possam viver judeus e cristãos.

Vários porta-vozes governamentais manifestaram que o executivo aceita a criação de um estado palestino dentro dos territórios ocupados por Israel na guerra de 1967, mas que esta postura já faz parte do programa de governo, e insistiram para que não se confunda o gabinete do primeiro-ministro Ismail Haniyeh com o Hamas.

O porta-voz do Ministério do Interior disse que a postura sobre o estado palestino dentro das fronteiras de 67 já foi apresentada no discurso inaugural de Hanyeh (membro do Hamas) diante do Parlamento palestino. O porta-voz acrescentou que a plataforma política do governo não deve ser confundida com a plataforma política do Hamas.

O acordo foi anunciado após reiterados confrontos de rua entre as facções, e uma deterioração da economia nos territórios ao ter sido suspensa a maior parte das ajudas estrangeiras não-humanitárias, pela recusa do Hamas em reconhecer Israel e pelo repúdio à violência.

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