• Carregando...

Monitores da ONU disseram na segunda-feira que helicópteros do governo sírio bombardearam redutos rebeldes ao norte de Homs, e pediram "acesso imediato e irrestrito" às zona de conflito, onde acredita-se que haja mulheres e crianças retidas.

O mediador internacional Kofi Annan também se disse gravemente preocupado com a violência em Homs e Haffeh, localidade de maioria sunita, perto da costa mediterrânea, onde o Departamento de Estado dos EUA afirmou temer um "potencial massacre".

Os observadores da ONU, encarregados de monitorarem um cessar-fogo que foi declarado em abril, mas não conteve a violência, passaram agora a catalogar chacinas, bombardeios e confrontos nos quais muitas centenas de sírios já morreram.

"Observadores da ONU relataram pesados bombardeios em Rastan e Talbiseh, a norte (de Homs), com disparos de artilharia e morteiros, e também com disparos de helicópteros, metralhadoras e armas menores", disse Sausan Ghosheh, porta-voz da ONU, em nota.

Foi a primeira vez que monitores da ONU verificam as repetidas acusações feitas por ativistas sobre o uso de helicópteros para bombardear indiscriminadamente redutos rebeldes.

Ghosheh disse que os observadores "também receberam relatos de um grande número de civis, incluindo mulheres e crianças retidas dentro (de Homs), e estão tentando mediar sua retirada".

A ONU relatou também que o Exército Sírio Livre (grupo rebelde) capturou soldados do Exército.

De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede na Grã-Bretanha, 63 civis foram mortos na segunda-feira em toda a Síria, sendo quase metade na província de Idlib (norte). Houve 21 mortes entre soldados e membros das forças de segurança, a maioria em atentados a bomba realizados pelos rebeldes, acrescentou o grupo.

Em Deir al Zor (leste), dez pessoas morreram na explosão de um carro-bomba, segundo o Observatório. Outros ativistas disseram que o número de mortos passou de 16.

A agência estatal de notícias da Síria noticiou na segunda-feira os funerais militares de 26 pessoas "alvejadas por grupos terroristas armados ao realizarem seu dever nacional".

Um porta-voz de Annan disse que ele está gravemente preocupado com os novos relatos de violência e com a escalada dos combates por parte das forças do governo e da oposição.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]