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Apoiadores dos palestinos ouvem discurso do secretário-geral do grupo terrorista Hezbollah, Hassan Nasrallah, durante uma reunião na praça Imam Hussein, em Teerã, Irã, nesta sexta-feira (3)
Apoiadores dos palestinos ouvem discurso do secretário-geral do grupo terrorista Hezbollah, Hassan Nasrallah, durante uma reunião na praça Imam Hussein, em Teerã, Irã, nesta sexta-feira (3)| Foto: EFE/EPA/ABEDIN TAHERKENAREH

O líder do grupo xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, disse nesta sexta-feira (3) que a possível escalada do confronto com Israel dependerá das próximas ações na Faixa de Gaza e de como o país vai agir na fronteira com o Líbano.

"A frente do Líbano e sua escalada dependem de duas coisas: a primeira é o desenvolvimento dos eventos em Gaza e a segunda é como o inimigo sionista se comporta em relação ao Líbano", afirmou o clérigo em seu primeiro discurso público desde o início da guerra na Faixa de Gaza e os confrontos que se seguiram na fronteira libanesa.

Em um longo discurso que durou mais de uma hora, Nasrallah considerou possível que os ataques cruzados com Israel possam acabar desencadeando uma "guerra prolongada", no momento em que os dois lados estão envolvidos em intensos confrontos na fronteira do Líbano há quase um mês.

Ele defendeu as ações do Hezbollah na fronteira norte de Israel desde o início da escalada da violência na Faixa de Gaza, com o bombardeio contínuo do território por parte dos militares israelenses.

"Essas operações deixaram os líderes militares preocupados com o fato de que essa frente de batalha iria para uma guerra extensa. Isso pode acontecer e eles precisam levar isso em conta", declarou o clérigo xiita.

Entre as expectativas desse discurso, que foi acompanhado no Líbano com grande interesse, estava uma possível "declaração de guerra" ou o anúncio de uma extensão das hostilidades, passo que o clérigo não deu.

"Todos nós devemos estar prontos para todas as possibilidades. Com toda a transparência, clareza e ambiguidade, todas as opções na frente libanesa estão abertas, e podemos recorrer a elas a qualquer momento", disse Nasrallah.

“Nosso grupo já entrou em combate contra Israel em 8 de outubro. O que está acontecendo na frente libanesa é muito importante para a luta em Gaza, mesmo que alguém possa dizer que o que está acontecendo é modesto", acrescentou.

O líder do Hezbollah disse que a estratégia do grupo de "aumentar as operações" contra Israel serviu para forçar o país a trazer militares para a fronteira libanesa, aliviando assim parte da pressão sobre a Faixa de Gaza.

"Todo o Exército israelense está agora na fronteira com o Líbano. Além disso, metade de sua força naval está na nossa fronteira, e um quarto da força aérea agora também está dedicada a nós. Esse é um dos frutos diretos da ação", afirmou Nasrallah.

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