Aviões de guerra israelenses atacaram o Líbano nesta quinta-feira enquanto civis temiam que os bombardeios piorem, uma vez que milhares de estrangeiros foram retirados do país árabe.
Dezenas de aeronaves lançaram 23 toneladas de explosivos contra um edifício nos subúrbios do sul de Beirute, onde o Exército disse que suspeitava que antigos chefes do Hezbollah estavam reunidos. Mas o grupo guerrilheiro negou que algum de seus líderes ou membros tenham morrido no ataque que disse que atingiu uma mesquita em construção.
O site da internet do jornal israelense "Maariv" citou uma fonte militar dizendo que acreditava que o líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, estava em um bunker localizado no sul de Beirute que foi atacado por aviões israelenses. Mas o Hezbollah disse que as declarações israelenses mostravam que "o inimigo estava tentando ocultar suas falhas militares e de segurança com mentiras e declarações de conquistas fictícias".
Outra forte explosão foi ouvida ao longo de Beirute logo após o amanhecer e as imagens da televisão mostraram nuvens de fumaça nos subúrbios dominados por muçulmanos xiitas. Ataques israelenses anteriores haviam destruído os quartéis generais do Hezbollah na área.
Sessenta e três civis libaneses morreram em bombardeios aéreos na quarta-feira, o número mais letal na guerra de nove dias que começou pela vingança contra a captura no dia 12 de julho de dois soldados israelenses por parte do Hezbollah em uma operação pela fronteira.
Foguetes do Hezbollah mataram duas crianças na cidade de Nazareth, no norte de Israel, disseram méddicos. Mais foguetes caíram na cidade de Haifa e um atingiu um restaurante vazio na praia.
Apesar da preocupação internacional, não havia sinais de que Israel ou Hezbollah estejam dispostos a cosiderar o pedido do governo de Beirute de um imediato cessar-fogo dos combates, que deixaram ao menos 299 mortos no Líbano e 29 em Israel.
Cerca de 1.100 americanos abandonaram o Líbano pelo ar e mar e chegaram na quarta-feira ao Chipre. É o maior grupo de cidadãos dessa nacionalidade resgatado do país árabe em um único dia.
A França disse que cerca de 8 mil de seus 17 mil cidadãos que vivem no Líbano pediram para serem retirados do país. A Alemanha enviou ao menos 500 de seus cidadãos em ônibus para a Síria.



