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A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton anunciou hoje, em Seul, a imposição de novas sanções contra a Coreia do Norte. Hillary disse que as medidas têm como objetivo aumentar a pressão sobre Pyongyang e evitar que o regime empregue recursos em seu programa nuclear e na disseminação de armas de destruição em massa. "Elas têm como alvo as políticas desestabilizadoras, ilícitas e provocativas buscadas por esse governo", afirmou.

Segundo Hillary, as medidas não são dirigidas ao povo norte-coreano "que há muito tempo sofre por causa das prioridades mal orientadas e nocivas de seu governo". As medidas punitivas vão fortalecer a aplicação das resoluções que o Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou depois dos testes nucleares e com mísseis realizados pela Coreia do Norte, disse Hillary.

Ela e o secretário de Defesa, Robert Gates, viajaram para a Coreia do Sul numa demonstração de solidariedade após o naufrágio do Cheonan, que matou 46 marinheiros. Citando descobertas de uma investigação internacional, os Estados Unidos e a Coreia do Sul acusam a Pyongyang de ter lançado torpedos contra a embarcação perto da disputada fronteira no Mar Amarelo, fato negado pelo regime do norte.

"Tem havido algumas indicações nos últimos meses de que o processo de sucessão está em curso no Norte e de provocações desde o naufrágio do Cheonan", disse Gates. "Então, acho que é algo que temos de observar de perto e ficarmos muito vigilantes." Há informações de que o adoecido líder norte-coreano Kim Jong Il, de 68 anos, está se preparando para indicar seu filho mais novo como seu sucessor.

O chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA, almirante Mike Mullen, também expressou suas preocupações sobre as ações recentes do regime comunista, durante uma visita a alguns dos 28.500 soldados norte-americanos na Coreia do Sul, dizendo que Kim é "imprevisível".

Banco

A secretária dos EUA prometeu novos esforços com a participação de outros países para fechar empresas de comércio norte-coreanas que praticam atividades proibidas e evitar que bancos estrangeiros realizem transações ilícitas. Hillary disse que as sanções foram formuladas parcialmente com base em medidas financeiras tomadas "vários anos atrás" e que, segundo ela, tiveram bons resultados na época. A afirmação pareceu ser uma referência a antigas sanções contra um banco em Macau que, segundo Washington, Pyongyang usava para lavar dinheiro.

Hillary afirmou que, por ora, não há planos para a retomada das negociações sobre desarmamento nuclear norte-coreano com o sexteto (grupo formado por EUA, Grã-Bretanha, Rússia, China, França e Alemanha). De acordo com ela, primeiro Pyongyang tem de reconhecer sua participação no naufrágio do Cheonan, se comprometer a se desfazer de suas armas atômicas e interromper suas "ações beligerantes".

A secretária disse que o governo Obama continua a "enviar uma mensagem ao Norte de que há um outro caminho", referindo-se às promessa dos Estados Unidos de fornecer ajuda se Pyongyang cancelar seu programa nuclear. As informações são da Dow Jones.

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