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Hillary duvida que França vá acelerar retirada do Afeganistão

"Estamos em estreito contato com nossos colegas franceses e não temos nenhuma razão para pensar que a França não vai continuar sendo parte do processo de transição cuidadosamente avaliado", afirmou Hillary

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, expressou nesta sexta-feira suas dúvidas sobre a retirada antecipada das tropas da França no Afeganistão devido à morte de quatro de seus soldados nas mãos de um soldado afegão.

"Estamos em estreito contato com nossos colegas franceses e não temos nenhuma razão para pensar que a França não vai continuar sendo parte do processo de transição cuidadosamente avaliado", afirmou.

Quatro soldados franceses e outros 15 ficaram feridos nesta sexta-feira em sua base no Afeganistão nas mãos de um militar afegão, depois do que Sarkozy anunciou a suspensão imediata de todas as operações de formação e de assistência em combate aos militares afegãos e ameaçou retirar o contingente francês de forma antecipada.

Antes das declarações de Hillary, um porta-voz do Pentágono, o capitão da força naval John Kirby, assegurou que a saída das tropas do país europeu antes do prazo estabelecido - no ano 2014 - é uma decisão que "apenas pode ser tomada pelo governo francês".

"Cabe a eles determinar sua contribuição assim como modificá-la como lhes parecer (melhor", reagiu o capitão Kirby, que afirmou que a formação do exército afegão é "crucial".

"Nossos pensamentos e orações estão com o povo francês e com as famílias daqueles que perderam seus parentes queridos nesse trágico incidente", afirmou por sua vez o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

A França conta atualmente com 3.600 soldados no Afeganistão, dos 130.000 com os quais conta a força da Otan.

Em coincidência com a morte dos soldados do país europeu, o jornal americano The New York Times publicou um relatório confidencial da Otan no qual assegurava que os ataques mortais dos soldados afegãos contra seus militares mobilizados nesse país estão longe de serem isolados, sendo uma "ameaça sistemática".

Segundo o documento, entre maio de 2007 e o mesmo mês de 2011, ao menos 58 soldados da Otan e Estados Unidos foram assassinados em 26 ataques por parte de militares afegãos.

"Parece que se está aumentando a frequência (desses ataques) nos últimos meses. E não sabemos a causa", admitiu Kirby.

"Estamos certamente preocupados com esses incidentes (...). Mas também não acreditamos que seja um problema endêmico ou sistêmico", completou.

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