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Os governos da Holanda e da Bélgica não descartaram a possibilidade de enviar forças de paz à Ucrânia para ajudar a garantir a segurança do país quando for alcançado um acordo para encerrar a guerra entre Moscou e Kiev.
O primeiro-ministro holandês, Dick Schoof, confirmou durante a Conferência de Segurança de Munique no último final de semana que a Holanda está pronta para participar de uma missão de paz na Ucrânia, se finalmente for alcançado um acordo com a Rússia, e enfatizou o papel da Europa em garantir a estabilidade no país.
"Entendemos que, como Europa, temos uma responsabilidade aqui", declarou, para em seguida defender a "democracia europeia" e expressar sua discordância com as críticas dos Estados Unidos à União Europeia (UE).
Por sua vez, em uma entrevista publicada no sábado pelo jornal flamengo De Tijd, o ministro da Defesa belga, Theo Francken, disse que estava aberto a enviar tropas de paz para a Ucrânia, se necessário, para garantir um possível acordo de cessar-fogo.
"A partir do momento que a Rússia assine um acordo de paz e reconheça que uma força internacional venha para assegurar a situação, não vejo problema algum para a participação da Bélgica. Como fizemos em Kosovo. Já temos tropas estacionadas na Romênia. Poderíamos avançá-las algumas centenas de quilômetros", afirmou.
Reunião prevista para esta terça entre EUA e Rússia
Nesta segunda-feira (17), o Kremlin anunciou para amanhã, terça-feira (18), uma reunião entre representantes da Rússia e dos EUA em Riad, capital da Arábia Saudita, para abordar a normalização das relações bilaterais, os preparativos para uma cúpula entre os presidentes de ambos os países e futuras negociações de paz na Ucrânia.
Por ordem do ditador Vladimir Putin, Moscou será representada pelo ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, e pelo conselheiro do Kremlin, Yuri Ushakov, que já partiram para Riad, segundo disse o porta-voz russo, Dmitry Peskov, em sua coletiva de imprensa diária.
Por outro lado, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que não foi informado sobre a reunião que o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, realizará na Arábia Saudita com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, e antecipou que seu país não reconhecerá nenhum resultado do encontro.
“A Ucrânia não aceitará isso. A Ucrânia não sabia nada sobre isso. E a Ucrânia considera nulos os resultados de quaisquer negociações sobre a Ucrânia sem a Ucrânia. Não podemos reconhecer nenhum acordo que nos envolva sem nossa participação direta", disse Zelensky à agência de notícias estatal ucraniana Ukrinform em uma entrevista coletiva realizada nos Emirados Árabes Unidos.
Zelensky também planeja visitar a Arábia Saudita como parte de uma viagem que começou nos Emirados, mas deixou claro que a viagem já estava planejada há algum tempo e não tem nada a ver com as negociações com a Rússia promovidas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.




